A maior parte dos empregos criados (69,6%) foi gerada por empreendimentos que empregam até quatro trabalhadores
Da Agência Sebrae de NotíciasAs micro e pequenas empresas foram responsáveis por 79,8% das vagas de trabalho com carteira assinada criadas no Brasil em janeiro deste ano, segundo levantamento feito pelo Sebrae com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Das 152.091 vagas criadas no início do ano, 121.368 foram geradas por negócios com no máximo 99 funcionários.
A maior parte das vagas criadas em janeiro (69,6%) foi gerada por empreendimentos que empregam até quatro trabalhadores, seguidos por aqueles que empregam entre 20 e 99 funcionários, que participaram com 7,9% do saldo total. As empresas que empregam entre cinco e 19 trabalhadores foram responsáveis por contratações líquidas da ordem de 2,3%. Serviços, comércio e indústria de transformação foram os setores com maior destaque na criação de postos de trabalho.
“As micro e pequenas empresas são as grandes geradoras de emprego e renda no Brasil e cada vez mais se firmam como propulsoras de desenvolvimento. A estabilidade econômica que o país vive hoje, somada às oportunidades dos próximos anos por conta dos grandes eventos, farão com que esses números sejam cada vez melhores”, avalia o presidente do Sebrae, Luiz Barretto.
Setor de serviços lidera criação de vagas
Os setores que mais contribuíram para a geração de empregos em janeiro foram os serviços, a indústria de transformação e a construção civil, nesta ordem, sendo que os serviços e a indústria extrativa mineral registraram recordes para o período.
O resultado favorável do setor de serviços, com a criação de 73.231 postos, foi recorde devido à elevação em cinco dos seis ramos que o integram, com saldos recordes em quatro deles. O bom desempenho da indústria de transformação no mês, com a criação de 53.207, pode ser atribuído à elevação quase generalizada do emprego nos 12 ramos, com um deles registrando saldo recorde. Em termos absolutos, os destaques foram a indústria mecânica e a de calçados.
A agricultura também obteve um bom desempenho, ao apontar um aumento de 8.324 postos, resultado bem superior ao observado em janeiro de 2010 (4.143 empregos). Os únicos setores que apresentaram queda no emprego foram o comércio e a administração pública, devido a fatores sazonais.
Dos 26 estados e no Distrito Federal, 21 expandiram o nível de emprego, com cinco assinalando recorde na criação de postos. Em termos absolutos, o estado do São Paulo liderou a geração de empregos, seguido por Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O emprego formal do conjunto das nove principais regiões metropolitanas apresentou resultado de 48.510 novos postos de trabalho no mês, resultado inferior ao verificado para o interior desses aglomerados urbanos.