Com o objetivo de levar o empreendedorismo às faculdades brasileiras, a Endeavor traz para o Brasil o programa Bota pra Fazer, uma adaptação da metodologia FastTrac, criada pela Fundação Kauffman
Apenas 3% dos adultos com formação superior tiveram acesso a algum tipo de educação empreendedora, segundo a última edição da pesquisa internacional Global Entrepreneurship Monitor (GEM), realizada pelo Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP). “A educação empreendedora engatinha no Brasil”, diz Juliano Seabra, diretor de Pesquisa e Educação da Endeavor. “Os estudantes são preparados para ser funcionários, e não donos do seu próprio negócio.” Segundo ele, a questão não está ligada apenas ao grau de desenvolvimento do país. “No Chile, 40% da população adulta teve acesso à educação empreendedora; na Argentina, 20%. É um problema localizado.”
Para tentar mudar essa situação, a Endeavor está trazendo ao Brasil a metodologia FastTrac, desenvolvida pela Fundação Kauffman, entidade norte-americana especializada em empreendedorismo. No Brasil, o programa levará o nome de Bota pra Fazer. Um dos maiores diferenciais é o foco nas atividades práticas: em vez de páginas e mais páginas de teoria, o aluno é exposto a séries de exercícios práticos, depoimentos de empreendedores e dicas para desenvolver cada etapa do planejamento. A adaptação para a realidade brasileira passou por várias fases. Para começar, foram chamados 16 especialistas, de instituições como Fundação Dom Cabral, Insper, UFPE, UNIFACS, PUC-RJ, Ibmec-RJ, PUC-RS, FGV, USP, FURB, Inatel e Unicamp. Além de ler todo o material e fazer suas sugestões, eles participaram de workshop ao lado de um representante da Fundação Kauffman.
Na sequência, foram entrevistados empreendedores de diferentes setores — seus depoimentos ilustram os capítulos da tradução brasileira. Depois, chegou a hora de consultar experts nas áreas jurídica, tributária e societária, para adaptar o texto às regras brasileiras. A etapa seguinte foi a criação de um portal para os estudantes (www.botaprafazer.org.br). “No material americano, o que existia era um site para download”, afirma Seabra. “Decidimos ir além e criar um portal onde o estudante possa fazer exercícios on-line e assistir a vídeos com depoimentos de empreendedores.” O site conta ainda com uma rede social, onde alunos e professores podem discutir ideias e planos de negócios.
Por fim, em novembro, teve início a implementação do programa nas universidades: a primeira a adotar o Bota pra Fazer foi o Ibmec-RJ, em novembro: lá, o programa foi usado em um curso de MBA. Já na PUC do Rio Grande do Sul, quem conclui o programa ganha uma certificação adicional em empreendedorismo. “Não existe uma maneira única de aplicar a metodologia”, diz Seabra. “Encorajamos as universidades, sejam públicas ou privadas, a desenvolver seus próprios formatos. Pode ser uma disciplina, uma matéria eletiva, uma atividade extracurricular, um curso aberto... Nos Estados Unidos, ela costuma ter entre 30 e 48 horas de duração: essa flexibilidade é uma de suas qualidades.” Ainda em 2010, a metodologia deve estar chegando a 15 universidades. A ideia é atingir cinco mil alunos já no primeiro semestre de 2011.
Marisa Adán Gil
Divulgação PEGN
Apenas 3% dos adultos com formação superior tiveram acesso a algum tipo de educação empreendedora, segundo a última edição da pesquisa internacional Global Entrepreneurship Monitor (GEM), realizada pelo Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP). “A educação empreendedora engatinha no Brasil”, diz Juliano Seabra, diretor de Pesquisa e Educação da Endeavor. “Os estudantes são preparados para ser funcionários, e não donos do seu próprio negócio.” Segundo ele, a questão não está ligada apenas ao grau de desenvolvimento do país. “No Chile, 40% da população adulta teve acesso à educação empreendedora; na Argentina, 20%. É um problema localizado.”
Para tentar mudar essa situação, a Endeavor está trazendo ao Brasil a metodologia FastTrac, desenvolvida pela Fundação Kauffman, entidade norte-americana especializada em empreendedorismo. No Brasil, o programa levará o nome de Bota pra Fazer. Um dos maiores diferenciais é o foco nas atividades práticas: em vez de páginas e mais páginas de teoria, o aluno é exposto a séries de exercícios práticos, depoimentos de empreendedores e dicas para desenvolver cada etapa do planejamento. A adaptação para a realidade brasileira passou por várias fases. Para começar, foram chamados 16 especialistas, de instituições como Fundação Dom Cabral, Insper, UFPE, UNIFACS, PUC-RJ, Ibmec-RJ, PUC-RS, FGV, USP, FURB, Inatel e Unicamp. Além de ler todo o material e fazer suas sugestões, eles participaram de workshop ao lado de um representante da Fundação Kauffman.
Na sequência, foram entrevistados empreendedores de diferentes setores — seus depoimentos ilustram os capítulos da tradução brasileira. Depois, chegou a hora de consultar experts nas áreas jurídica, tributária e societária, para adaptar o texto às regras brasileiras. A etapa seguinte foi a criação de um portal para os estudantes (www.botaprafazer.org.br). “No material americano, o que existia era um site para download”, afirma Seabra. “Decidimos ir além e criar um portal onde o estudante possa fazer exercícios on-line e assistir a vídeos com depoimentos de empreendedores.” O site conta ainda com uma rede social, onde alunos e professores podem discutir ideias e planos de negócios.
Por fim, em novembro, teve início a implementação do programa nas universidades: a primeira a adotar o Bota pra Fazer foi o Ibmec-RJ, em novembro: lá, o programa foi usado em um curso de MBA. Já na PUC do Rio Grande do Sul, quem conclui o programa ganha uma certificação adicional em empreendedorismo. “Não existe uma maneira única de aplicar a metodologia”, diz Seabra. “Encorajamos as universidades, sejam públicas ou privadas, a desenvolver seus próprios formatos. Pode ser uma disciplina, uma matéria eletiva, uma atividade extracurricular, um curso aberto... Nos Estados Unidos, ela costuma ter entre 30 e 48 horas de duração: essa flexibilidade é uma de suas qualidades.” Ainda em 2010, a metodologia deve estar chegando a 15 universidades. A ideia é atingir cinco mil alunos já no primeiro semestre de 2011.
Marisa Adán Gil
Divulgação PEGN