segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Diagnósticos pouco promissores estimulam a criação de terapias corporais


Técnicas corporais como o rolfing (na foto), o Self Healing, a técnica de Alexander e a eutonia nasceram do inconformismo com a falta de solução terapêutica para certas enfermidades
Nascido com catarata, astigmatismo e nistagmo (movimentos involuntários dos olhos), o ucraniano Meir Schneider foi declarado cego ao 7 anos de idade. Na juventude, recusou-se a aceitar sua condição, aprendeu técnicas de relaxamento e estimulação visual. Tais exercícios, aliados a movimentos terapêuticos, ioga (respiração) e automassagem, devolveram-lhe a visão funcional no prazo de dezoito meses.
A partir da observação de si mesmo, Schneider idealizou uma prática, o Self Healing (Autocura), que evoluiu e passou a ser utilizada não só como terapia auxiliar, mas também na prevenção de doenças como esclerose múltipla, problemas na coluna e visão, atrofia e distrofia musculares, osteoporose, artrose, além de lesões relacionadas ao trabalho.
Assim como o Self Healing, terapias corporais como a eutonia e a técnica de Alexander nasceram da vontade de superar os próprios limites, após diagnósticos pouco promissores. Ou do inconformismo com a falta de solução para síndromes dolorosas, como foi o caso do rolfing. Todas elas partem do princípio que restabelecer a saúde só é possível por meio da força saneadora natural que todo corpo possui.
Embora um estudo realizado pelo Osher Center for Integrative Medicine, da Universidade da Califórnia (EUA), sob a direção do médico Wolf E. Mehling, tenha considerado insuficientes os resultados das pesquisas sobre essas terapias, elas têm atraído adeptos de todas as idades. Praticamente sem contraindicações, são consideradas úteis nos tratamentos de problemas músculo-esqueléticos, entre outras patologias físicas e psicológicas.

Cristina Almeida