Quando as sombras espessas da ignorância e do desamor alcançaram os corações dos homens e o sofrimento se fez presente na vida de um povo que clamava por justiça, Deus, em sua infinita e magnânima misericórdia enviou-nos o Cristo.
Sua vida, a cada passo e a cada palavra, refletiu o mais belo poema da criação de Deus, e em expressão suprema de amor chegou à manjedoura simples, como a nos indicar as virtudes necessárias para pacificarmos os nossos corações sedentos das coisas do mundo, mas distante do que é dos céus.
Suas palavras ainda hoje soam como melodias de esperança e júbilo para todos nós que buscamos a paz serena do Cristo. “A César o que é de César a Deus o que é de Deus”, nos exortava, na tentativa de nos fazer compreender a diferença entre os valores passageiros e os eternos, e mansamente nos pedia para não acumularmos tesouros sobre a terra, mas no céu, porque onde estiver o nosso tesouro, aí estará também o nosso coração, nos mostrando assim o porquê de tanto sofrimento, já que a maioria de nós ainda escolhe, livremente, as coisas da terra em detrimento das conquistas celestes.
Diante de nós, dois natais se nos configuram, o de Jesus e o de consumismo exacerbado. Não importa, todavia, se sua casa não está repleta com as luzes passageiras dos adornos natalinos, pois manter o coração aberto para deixar entrar a doce luz do Rabi da Galileia é a única atitude que pode iluminar duradouramente a nossa casa íntima e familiar.
Paulo, que tão bem compreendeu Jesus, nos ensinou a nos contentarmos em qualquer posição em que nos encontremos na vida. Por isso, disse em uma de suas cartas à igreja de Filipos: “Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. Pois tudo posso Naquele que me fortalece”.
Jesus é o esplendor da verdade. De seu nascimento, na manjedoura, à crucificação no Gólgota, nos deixou um legado de amor, de paz e esperança. Se ousarmos conhecê-lo e vivenciarmos suas propostas redentoras, mudamos nossa atitude.
Na belíssima carta que Paulo escreveu aos Coríntios, ele afirmou que: “Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino”, donde podemos, entre tantas leituras, concluir que quando não conhecemos a excelsitude celeste do Crito Jesus tendemos a agir como ignorantes, vivenciarmos sentimentos infatis de fulga de nós mesmos, e nossa boca ser o depositário das palavras vãs que nada acrescentam de bom, mas quando O conhecemos nada disso nos convém mais, pois o que nos interessa, a partir de então, é darmos testemunhos de seu imenso amor por nós.
Termino esse artigo com uma singela poesia de minha autoria cujo título é Novo Tempo.
Novo Tempo Nas ruas um ar diferente
Move toda a gente há sorrisos de paz.
O sol brilha com intensidade
E em toda cidade há esperanças no ar
Queria que em todos os lares
As luzes brilhassem com muito esplendor
Mas sei que o maior presente
Está dentro da gente, é a força do amor
É natal, desejo-te paz.
No natal, esforça-te mais,
Em buscar, a luz do amor
E amar como o Cristo ensinou.
Por: Rossandro Klinjey