PEQUIM (Reuters) - A China disse nesta sexta-feira que não aceitará nenhum acordo que vincule ajuda econômica por parte das nações ricas à aceitação de uma maior supervisão sobre os esforços chineses pelo controle das emissões de gases do efeito estufa.
As declarações de Huang Huikang, representante especial da chancelaria chinesa para as negociações climáticas, expõem divergências entre o governo chinês e os de países ricos - especialmente os EUA - que podem prejudicar a conferência climática da ONU no México, que começa no dia 29.
A China, maior emissor mundial de gases do efeito estufa pela atividade humana, terá participação crucial nas discussões de Cancún, vistas como uma etapa preparatória para a adoção, no ano seguinte, de um novo tratado climático de cumprimento obrigatório. Entre os itens a serem discutidos no México estão a criação de um "fundo verde" para auxiliar nações em desenvolvimento.
EUA, União Europeia e outros governos esperam que China, Índia e outras economias emergentes assumam compromissos mais firmes no controle e eventual redução das suas emissões, submetendo-as a um monitoramento mais rígido.
Huang disse a jornalistas que a China espera progressos em Cancún, mas não abrirá mão do seu direito ao crescimento econômico. "Recentemente, notamos que algumas pessoas sempre fazem um alvoroço a respeito da chamada transparência (nas emissões de gases do efeito estufa)", afirmou ele.
Segundo Huang, a receita para o sucesso nas negociações seria a liderança das economias avançadas, promovendo grandes cortes nas suas emissões e oferecendo mais ajuda econômica e tecnológica para que os países em desenvolvimento reduzam as suas.
"Essas (ofertas) são incondicionais e não deveriam estar vinculadas a nada mais", afirmou. "Esse é um sinal forte. Anteriormente não enfatizamos tanto que, como questão de princípios, acreditamos que melhorar a transparência não seja uma questão."
Huang acrescentou que as emissões chinesas ainda vão continuar crescendo, mas ele não especificou por quanto tempo. "A prioridade máxima da China será desenvolver sua economia, eliminar a pobreza e elevar o bem estar das pessoas, e nosso consumo de energia e as emissões vão experimentar um razoável crescimento durante algum tempo."
As emissões chinesas de gases do efeito estufa mais do que dobraram desde 2000, já superando as dos EUA. Em 2009, o país emitiu 7,5 bilhões de toneladas de dióxido de carbono pela queima de combustíveis fósseis, ou 24 por cento do total mundial.
A China promete reduzir a sua "intensidade de carbono" - a quantidade gerada por cada dólar produzido na economia - em 40 a 45 por cento até 2020, em relação aos níveis de 2005. Por causa do intenso crescimento econômico do país, no entanto, isso não resultaria em uma redução no total de emissões.
Além disso, o país diz que essa meta não poderá ser transformada em uma regra obrigatória, para não tolher as escolhas econômicas do governo.
As declarações de Huang Huikang, representante especial da chancelaria chinesa para as negociações climáticas, expõem divergências entre o governo chinês e os de países ricos - especialmente os EUA - que podem prejudicar a conferência climática da ONU no México, que começa no dia 29.
A China, maior emissor mundial de gases do efeito estufa pela atividade humana, terá participação crucial nas discussões de Cancún, vistas como uma etapa preparatória para a adoção, no ano seguinte, de um novo tratado climático de cumprimento obrigatório. Entre os itens a serem discutidos no México estão a criação de um "fundo verde" para auxiliar nações em desenvolvimento.
EUA, União Europeia e outros governos esperam que China, Índia e outras economias emergentes assumam compromissos mais firmes no controle e eventual redução das suas emissões, submetendo-as a um monitoramento mais rígido.
Huang disse a jornalistas que a China espera progressos em Cancún, mas não abrirá mão do seu direito ao crescimento econômico. "Recentemente, notamos que algumas pessoas sempre fazem um alvoroço a respeito da chamada transparência (nas emissões de gases do efeito estufa)", afirmou ele.
Segundo Huang, a receita para o sucesso nas negociações seria a liderança das economias avançadas, promovendo grandes cortes nas suas emissões e oferecendo mais ajuda econômica e tecnológica para que os países em desenvolvimento reduzam as suas.
"Essas (ofertas) são incondicionais e não deveriam estar vinculadas a nada mais", afirmou. "Esse é um sinal forte. Anteriormente não enfatizamos tanto que, como questão de princípios, acreditamos que melhorar a transparência não seja uma questão."
Huang acrescentou que as emissões chinesas ainda vão continuar crescendo, mas ele não especificou por quanto tempo. "A prioridade máxima da China será desenvolver sua economia, eliminar a pobreza e elevar o bem estar das pessoas, e nosso consumo de energia e as emissões vão experimentar um razoável crescimento durante algum tempo."
As emissões chinesas de gases do efeito estufa mais do que dobraram desde 2000, já superando as dos EUA. Em 2009, o país emitiu 7,5 bilhões de toneladas de dióxido de carbono pela queima de combustíveis fósseis, ou 24 por cento do total mundial.
A China promete reduzir a sua "intensidade de carbono" - a quantidade gerada por cada dólar produzido na economia - em 40 a 45 por cento até 2020, em relação aos níveis de 2005. Por causa do intenso crescimento econômico do país, no entanto, isso não resultaria em uma redução no total de emissões.
Além disso, o país diz que essa meta não poderá ser transformada em uma regra obrigatória, para não tolher as escolhas econômicas do governo.
Por Chris Buckley