Há 17 mil anos, em uma gruta natural, perto do rio Vézère, localizado ao sul da França, um grupo com cerca de 10 homens, vestidos com roupas de pele de rena e carregando nos braços e no pescoço magníficas pulseiras e colares feitos com conchas marinhas, preparava os utensílios de um estranho ritual. Eles eram um povo pré-histórico europeu chamado Cro-Magnon. Acompanhados por canções hipnotizantes, misturavam pigmentos de terra amarela e vermelha, acendiam lareiras para permitir ver as paredes irregulares da gruta, e faziam pincéis com pelos de animais. O mais velho dos homens, de pé, inicia sua obra. Em poucas horas, desenha na rocha branca cavalos, cervos e touros, com qualidade gráfica cheia detalhes, respeitando cada animal na sua perspectiva.
Ao todo, quase 2 mil figuras foram pintadas nas paredes na caverna que ficou conhecida como gruta de Lascaux. Vários anos depois da descoberta da maravilha pré-histórica, por quatro adolescentes no ano de 1940, o famoso pintor Pablo Picasso visitou o local, ficando quase sem voz ao se deparar com tanta beleza e técnica. “Todas as técnicas de arte gráfica já foram inventadas aqui, há muitos séculos, nós apenas fomos capazes de reproduzi-las”, disse maravilhado com a obra.
A importância artística das pinturas foi a justificativa para a sua classificação, em 1979, com outros lugares pré-históricos do vale do rio Vézère, na lista do patrimônio mundial da Unesco. Na época, Lascaux era uma das únicas e mais antigas grutas pintadas conhecida. Apenas mais tarde, em 1995, foram descobertas outras tão importantes quanto, como a gruta Chauvet, também no sul da França, com desenhos de carvão que foram datados em 32 mil anos.
A beleza das pinturas de Lascaux foi elemento importante também para a sua deterioração. A partir dos anos de 1950, e originados principalmente pelo gás carbônico da respiração dos visitantes (quase um milhão entre 1948 e 1963), estes problemas de conservação das pinturas obrigaram os responsáveis a tomar a decisão de encerrar as visitas de turistas à gruta, em 1963.
Vinte anos mais tarde, uma réplica idêntica da caverna foi inaugurada, chamada Lascaux II. Foram reproduzidas duas das salas mais importantes. A Sala dos Toros, pintada de toros, cervos, um urso e cavalos; e o Divertículo Axial, ornamentado com bovinos, junto de cavalos acompanhados por cervos e cabritos. Em 1970, uma dupla camada de cimento, construída a 200 metros do original, permitiu reproduzir fielmente o espaço. As obras parietais, num total de 320 figuras, foram logo reproduzidas por uma equipe de artistas. Entretanto hoje, após quase trinta anos de abertura e 270 mil visitantes por ano, as pinturas da Lascaux II apresentam necessidade de restauração completa. As pinturas estão sofrendo com o acúmulo de poeira. A sensação térmica da gruta é de frio e para tornar o ambiente mais confortável para as pessoas, há um sistema de ventilação e climatização, que também gera o pó.
Ao todo, quase 2 mil figuras foram pintadas nas paredes na caverna que ficou conhecida como gruta de Lascaux. Vários anos depois da descoberta da maravilha pré-histórica, por quatro adolescentes no ano de 1940, o famoso pintor Pablo Picasso visitou o local, ficando quase sem voz ao se deparar com tanta beleza e técnica. “Todas as técnicas de arte gráfica já foram inventadas aqui, há muitos séculos, nós apenas fomos capazes de reproduzi-las”, disse maravilhado com a obra.
A importância artística das pinturas foi a justificativa para a sua classificação, em 1979, com outros lugares pré-históricos do vale do rio Vézère, na lista do patrimônio mundial da Unesco. Na época, Lascaux era uma das únicas e mais antigas grutas pintadas conhecida. Apenas mais tarde, em 1995, foram descobertas outras tão importantes quanto, como a gruta Chauvet, também no sul da França, com desenhos de carvão que foram datados em 32 mil anos.
A beleza das pinturas de Lascaux foi elemento importante também para a sua deterioração. A partir dos anos de 1950, e originados principalmente pelo gás carbônico da respiração dos visitantes (quase um milhão entre 1948 e 1963), estes problemas de conservação das pinturas obrigaram os responsáveis a tomar a decisão de encerrar as visitas de turistas à gruta, em 1963.
Vinte anos mais tarde, uma réplica idêntica da caverna foi inaugurada, chamada Lascaux II. Foram reproduzidas duas das salas mais importantes. A Sala dos Toros, pintada de toros, cervos, um urso e cavalos; e o Divertículo Axial, ornamentado com bovinos, junto de cavalos acompanhados por cervos e cabritos. Em 1970, uma dupla camada de cimento, construída a 200 metros do original, permitiu reproduzir fielmente o espaço. As obras parietais, num total de 320 figuras, foram logo reproduzidas por uma equipe de artistas. Entretanto hoje, após quase trinta anos de abertura e 270 mil visitantes por ano, as pinturas da Lascaux II apresentam necessidade de restauração completa. As pinturas estão sofrendo com o acúmulo de poeira. A sensação térmica da gruta é de frio e para tornar o ambiente mais confortável para as pessoas, há um sistema de ventilação e climatização, que também gera o pó.