Tendência atual e crescente no mercado, os produtos a base de grãos integrais nem sempre foram desejados. E, sim, seu consumo em excesso pode trazer prejuízos à saúde de algumas pessoas, diz o cientista de alimentos Jayme Farfan, da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Falta de padrão coloca pães integrais em xeque
Os pães integrais roubaram a maior parte do espaço do tradicional pão branco nas prateleiras dos supermercados, recheadas de embalagens com carimbos como "100% integral" ou "com farinha integral". No entanto, no Brasil não há legislação que garanta que pães, bolos, biscoitos e outros desses produtos contenham porcentuais expressivos de grãos integrais que realmente possam fazer diferença para a saúde.
Quando há consumo em excesso, os fitatos, substâncias presentes nas fibras dos integrais, principalmente os crus, podem reduzir a absorção de minerais como zinco, ferro, cálcio. Nos anos 60, estudos apontaram relação entre o consumo excessivo de integrais e a redução do crescimento de crianças. "Considerou-se os fitatos inimigos da boa nutrição", explica Farfan, que defende que principalmente idosos e crianças podem ser afetados se houver consumo em excesso. Nos anos 80, no entanto, pouco a pouco os produtos integrais voltaram a ter importância na Europa, a partir de estudos que mostraram sua importância para o aporte de fibras e vitaminas E e B, entre outros nutrientes, aproveitando a onda de alimentos que prometem melhorar a saúde. "O idoso tem absorção reduzida e, se consumir em excesso, pode perder cálcio", diz Farfan, que também defende uma regulamentação para os integrais. "Não há padrão de identificação", afirma. "O consumidor acha que consumiu o suficiente e pode não ter consumido nada", alerta Alícia de Francisco, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Falta de padrão coloca pães integrais em xeque
Os pães integrais roubaram a maior parte do espaço do tradicional pão branco nas prateleiras dos supermercados, recheadas de embalagens com carimbos como "100% integral" ou "com farinha integral". No entanto, no Brasil não há legislação que garanta que pães, bolos, biscoitos e outros desses produtos contenham porcentuais expressivos de grãos integrais que realmente possam fazer diferença para a saúde.
Quando há consumo em excesso, os fitatos, substâncias presentes nas fibras dos integrais, principalmente os crus, podem reduzir a absorção de minerais como zinco, ferro, cálcio. Nos anos 60, estudos apontaram relação entre o consumo excessivo de integrais e a redução do crescimento de crianças. "Considerou-se os fitatos inimigos da boa nutrição", explica Farfan, que defende que principalmente idosos e crianças podem ser afetados se houver consumo em excesso. Nos anos 80, no entanto, pouco a pouco os produtos integrais voltaram a ter importância na Europa, a partir de estudos que mostraram sua importância para o aporte de fibras e vitaminas E e B, entre outros nutrientes, aproveitando a onda de alimentos que prometem melhorar a saúde. "O idoso tem absorção reduzida e, se consumir em excesso, pode perder cálcio", diz Farfan, que também defende uma regulamentação para os integrais. "Não há padrão de identificação", afirma. "O consumidor acha que consumiu o suficiente e pode não ter consumido nada", alerta Alícia de Francisco, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Alícia diz que as empresas têm dificuldade para fabricar produtos integrais porque isso exige investimento em novas máquinas. Além disso, produtos realmente integrais duram menos nas prateleiras, explica.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.