Problemas no coração, especialmente em idosos, são as principais causas de mortes no Brasil, segundo os Indicadores Sociais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgados nesta sexta-feira (17).
Os dados de 2008 mostram que doenças do aparelho circulatório foram responsáveis por 29,5% dos óbitos. Neoplasias (cânceres) representaram 15,6%, enquanto causas externas mataram 12,5% e falhas no aparelho respiratório, 9,8%.
Destaca-se também a crescente concentração das mortes em idades elevadas. Quase um quarto dos brasileiros morre acima dos 80 anos e praticamente metade após os 70 anos. As doenças do aparelho circulatório causam 37,5% das mortes dos idosos e o câncer, 16,9%.
Uma alteração nas causas de mortalidade do país é a substituição progressiva de óbitos por doenças infecciosas e transmissíveis por doenças crônicas, degenerativas e causas externas ligadas a acidentes e a violência.
“A redução da desnutrição em crianças e adultos e o aumento da prevalência de excesso de peso e obesidade na população em geral são também resultados dos processos em curso”, diz a análise do Instituto.
Causas externas
No Norte, Nordeste e Centro-Oeste, as causas externas ultrapassam o câncer. Roraima (22,%), Rondônia (20,6%), Mato Grosso (19,4%), Espírito Santo (19,2%), Amapá (18,5%) e Alagoas (18,2%) são os Estados com maior porcentagem.
Entre os homens, as causas externas também são as segundas que mais matam, principalmente as agressões. Para eles, 18,1% das mortes foram causadas por causas externas, já para as mulheres o número cai para 4,9% e aparecem apenas na sexta colocação. Em Alagoas, Rio de Janeiro, Amapá e Sergipe, os meninos representam mais de 90% dos óbitos por causa externa entre 15 a 19 anos.
Outra diferença é que os homens morrem mais por homicídio enquanto as mulheres sofrem mais acidentes de trânsito. Para homens de 15 a 19 anos, o assassinato foi causa de 57,4% das mortes. Entre 20 a 29 anos, a proporção foi de 53,8%.
Já para as jovens nas mesmas faixas etárias, o acidente de trânsito foi responsável, respectivamente, por 41,8% e 40,0 % das mortes. Os homicídios foram causas de 1/3 das mortes de mulheres da faixa etária de 20 a 29 anos. E o trânsito matou mais de 1/4 dos homens nesta idade. Entre as mulheres, a terceira maior causa externa foi o suicídio.
Segundo o estudo do IBGE, a mortalidade masculina por causas externas afeta um segmento populacional em fase produtiva, reduzindo, em termos de anos de vida, os ganhos obtidos com a redução da mortalidade ocorrida na infância.
Mortalidade infantil
A morte de crianças de todas as idades caiu de 1999 para 2008. Neste ano, no Brasil, 4,1% dos óbitos são de menores de 1 ano, frente a 7,4% em 1999. E a maioria (52,6%) das mortes antes de completar o primeiro ano ocorre até os seis dias de vida.
Há 11 anos, 15,4% dos óbitos da Região Norte estavam nesta faixa etária, enquanto na Região Sul esta proporção era de 5,4%. A proporção observada na Região Nordeste, em 2008, foi ligeiramente maior que a registrada na Região Sul em 1999, 5,6%. A Região Sul apresentou a menor taxa do país em 2008, com 2,8% das mortes entre menores de 1 ano.
Vale ressaltar que a redução das mortes por doenças parasitária e infecciosa ocorrida nas Regiões Nordeste e Norte atingiram proporções inferiores a 8,0%, em 2008, consolidando a mudança no padrão da mortalidade infantil. A maioria das mortes foi causa por doenças originadas no período perinatal (58,7%) e malformações congênitas (18,3%),
Por isto, é importante o acompanhamento pré-natal, que ocorre com menor frequência na Região Norte. Mais de 4% dos nascidos vivos na Região não foram acompanhados durante a gestação.
Os dados de 2008 mostram que doenças do aparelho circulatório foram responsáveis por 29,5% dos óbitos. Neoplasias (cânceres) representaram 15,6%, enquanto causas externas mataram 12,5% e falhas no aparelho respiratório, 9,8%.
Destaca-se também a crescente concentração das mortes em idades elevadas. Quase um quarto dos brasileiros morre acima dos 80 anos e praticamente metade após os 70 anos. As doenças do aparelho circulatório causam 37,5% das mortes dos idosos e o câncer, 16,9%.
Uma alteração nas causas de mortalidade do país é a substituição progressiva de óbitos por doenças infecciosas e transmissíveis por doenças crônicas, degenerativas e causas externas ligadas a acidentes e a violência.
“A redução da desnutrição em crianças e adultos e o aumento da prevalência de excesso de peso e obesidade na população em geral são também resultados dos processos em curso”, diz a análise do Instituto.
Causas externas
No Norte, Nordeste e Centro-Oeste, as causas externas ultrapassam o câncer. Roraima (22,%), Rondônia (20,6%), Mato Grosso (19,4%), Espírito Santo (19,2%), Amapá (18,5%) e Alagoas (18,2%) são os Estados com maior porcentagem.
Entre os homens, as causas externas também são as segundas que mais matam, principalmente as agressões. Para eles, 18,1% das mortes foram causadas por causas externas, já para as mulheres o número cai para 4,9% e aparecem apenas na sexta colocação. Em Alagoas, Rio de Janeiro, Amapá e Sergipe, os meninos representam mais de 90% dos óbitos por causa externa entre 15 a 19 anos.
Outra diferença é que os homens morrem mais por homicídio enquanto as mulheres sofrem mais acidentes de trânsito. Para homens de 15 a 19 anos, o assassinato foi causa de 57,4% das mortes. Entre 20 a 29 anos, a proporção foi de 53,8%.
Já para as jovens nas mesmas faixas etárias, o acidente de trânsito foi responsável, respectivamente, por 41,8% e 40,0 % das mortes. Os homicídios foram causas de 1/3 das mortes de mulheres da faixa etária de 20 a 29 anos. E o trânsito matou mais de 1/4 dos homens nesta idade. Entre as mulheres, a terceira maior causa externa foi o suicídio.
Segundo o estudo do IBGE, a mortalidade masculina por causas externas afeta um segmento populacional em fase produtiva, reduzindo, em termos de anos de vida, os ganhos obtidos com a redução da mortalidade ocorrida na infância.
Mortalidade infantil
A morte de crianças de todas as idades caiu de 1999 para 2008. Neste ano, no Brasil, 4,1% dos óbitos são de menores de 1 ano, frente a 7,4% em 1999. E a maioria (52,6%) das mortes antes de completar o primeiro ano ocorre até os seis dias de vida.
Há 11 anos, 15,4% dos óbitos da Região Norte estavam nesta faixa etária, enquanto na Região Sul esta proporção era de 5,4%. A proporção observada na Região Nordeste, em 2008, foi ligeiramente maior que a registrada na Região Sul em 1999, 5,6%. A Região Sul apresentou a menor taxa do país em 2008, com 2,8% das mortes entre menores de 1 ano.
Vale ressaltar que a redução das mortes por doenças parasitária e infecciosa ocorrida nas Regiões Nordeste e Norte atingiram proporções inferiores a 8,0%, em 2008, consolidando a mudança no padrão da mortalidade infantil. A maioria das mortes foi causa por doenças originadas no período perinatal (58,7%) e malformações congênitas (18,3%),
Por isto, é importante o acompanhamento pré-natal, que ocorre com menor frequência na Região Norte. Mais de 4% dos nascidos vivos na Região não foram acompanhados durante a gestação.
Do UOL Ciência e Saúde