A democracia na Grécia antiga funcionava da seguinte forma tinha-se uma assembleia geral que reunia o povo inteiro não tinha um lugar fixo. A palavra Eclésia era utilizada para definir, genericamente, qualquer reunião para debater questões públicas, semelhante ao comício (comitiu) romano em sua forma original. Entretanto, em Atenas costumou-se fazer esses grandes encontros num lugar chamado Pnix, uma grande pedra que dominava uma colina, a qual comportava parte considerável dos cidadãos. Quando a Eclésia estava reunida, não só entravam na lista os problemas mais candentes da comunidade, como se escolhiam os magistrados eletivos. As funções executivas estavam divididas entre os magistrados sorteados e os escolhidos por voto popular. Eles eram responsáveis perante a Eclésia por todos os seus atos, podendo ser julgados por ela em caso de falta grave.
Bem, em Santa Cruz do Capibaribe também a democracia funciona dessa forma, os cidadãos se reúnem para discutir os problemas da cidade nas esquinas e avenidas, e como legítimos pesquisadores autônomos do Datafolha, divulgam suas pesquisas de intenções de votos em relação aos candidatos, sendo de ficha sujas ou limpas (Fichas tão limpas quantos o mais puro linho) da nossa região. É de muita importância para o enriquecimento da nossa cidade essas assembleias composta de grandes cientistas políticos, eleitores sem duvidas, conscientes da sua posição partidária, que defender com unas e dentes suas ideologias. Estamos vivenciando um grande momento de plena democracia onde cada um diz o que pensa e sempre tem uma pessoa que a escute. É de extrema importância estamos engajados nesse clima de pura emoção e total liberdade. Nossos candidatos políticos são como os atletas olímpicos gregos, quando chegavam das olimpíadas vitoriosos, os vencedores eram recebidos como heróis em suas cidades e ganhavam uma coroa de louros. Da mesma forma são os nossos heróis políticos. As passeatas são verdadeiros exemplos dessas recepções aos vencedores. Como verdadeiros e autênticos vencedores estão sempre a nos retribuir com suas dádivas, para nosso desenvolvimento econômico, social, cultural e político.
Por João Batista Gomes Feitoza, atualmente professor do SESI, UFPE e membro da Academia Santa-Cruzense de Letras.