segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Cientista quer revolucionar tratamento de diabetes com pâncreas artificial


Londres,(EFE).- Uma cientista britânica desenvolveu um pâncreas artificial que pode revolucionar o tratamento do diabetes, já que permitiria acabar com as injeções diárias que os diabéticos precisam para controlar os níveis de glicose.
O pâncreas artificial, que ainda sendo está submetido a exames pré-clínicos, foi criado pela professora Joan Taylor, da Universidade de Montfort, em Leicester (Inglaterra).
A insulina produzida por pessoas com diabetes não consegue regular os níveis de açúcar, o que provoca sérias complicações para o organismo. Algumas pessoas que têm a doença sequer produzem o hormônio.
O órgão artificial, segundo informação do jornal britânico "The Times", tem uma carcaça de metal que é mantida em seu lugar por uma barreira de gel, e responde aos níveis de açúcar no sangue, já que gera insulina quando é necessário.
O órgão poderia ser implantado entre a última costela e o quadril e recheado de insulina a cada poucas semanas.
"Acredito que podia utilizar certa proteína (que não especifica) para criar um gel que pudesse reagir à glicose. Quando é exposto aos fluidos do corpo ao redor dos órgãos internos, o gel reage de acordo com a quantidade de glicose presente", explicou a cientista.
"Os altos níveis fazem com que o gel se abrande e libere insulina na corrente sangüínea", acrescentou.
Segundo o "The Times", se os testes forem bem-sucedidos, o pâncreas artificial seria uma solução simples e barata para os diabéticos.
A cientista disse que o órgão não tem pilhas e não seria visível na superfície da pele.
Taylor e sua equipe de colaboradores acreditam que vão passar com sucesso pelos testes clínicos nos próximos anos e, caso tenha bons resultados, o órgão artificial estaria disponível dentro de entre cinco e dez anos.