O Instituto Oswaldo Cruz, da Fiocruz, conseguiu detectar pela primeira vez a presença do vírus da hepatite E em um paciente brasileiro.
Até então, a confirmação da doença era feita pela testagem da presença de anticorpos específicos contra ela - de 1999 a 2009, foram 810 testes sorológicos positivos no país, segundo o governo.
Além de dar mais segurança ao diagnóstico, a novidade permitiu comparar o sequenciamento genético do vírus encontrado no paciente com aquele encontrado em suínos criados no Brasil.
A semelhança reforçou a suspeita de pesquisadores de que a transmissão no país esteja ligada ao consumo de carne de porco mal passada.
"Quando comparamos [geneticamente] as amostras do paciente e do animal, vimos que são relacionadas", diz a pesquisadora Débora Regina Lopes dos Santos. Ela é uma das responsáveis pelo estudo, publicado no "Journal of Clinical Virology".
Na Ásia e na África, regiões em que a hepatite E é endêmica, o contágio se dá através de consumo de água e alimentos contaminados com fezes -mesma forma de transmissão da hepatite A.
Já no caso das hepatites B, C e D, a transmissão ocorre pelo contato com sangue e outros fluidos corporais de pacientes infectados.
Com tantas possibilidades, alguns episódios da doença acabam não tendo suas causas reveladas.
Foi sobre esses casos que Santos se debruçou. Foram analisadas 64 amostras de pessoas que tinham tidohepatite aguda de origem indefinida entre 2004 e 2008.
Em uma dessas amostras, os exames sorológicos e moleculares detectaram o vírus.
O paciente em questão era um morador do Rio que teve a doença em 2006.
Os pesquisadores partiram então para a comparação com vírus que já tinham sido encontrados em suínos criados no Estado, seguindo a linha de estudos internacionais que já traçaram essa relação. Os resultados confirmaram a possibilidade.
"Mas, para ter certeza, só se pudesse analisar a carne que ele comeu", diz Santos.
Apesar de não ter essa confirmação, a pesquisadora aconselha a população a cozinhar bem a carne, recomendação válida para evitar também outras doenças.
O Ministério da Saúde disse que a detecção do vírus não altera a política de enfrentamento da doença. "O ministério já desenvolve ações para a hepatite A, que são eficientes contra a hepatite E", afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa.
Até então, a confirmação da doença era feita pela testagem da presença de anticorpos específicos contra ela - de 1999 a 2009, foram 810 testes sorológicos positivos no país, segundo o governo.
Além de dar mais segurança ao diagnóstico, a novidade permitiu comparar o sequenciamento genético do vírus encontrado no paciente com aquele encontrado em suínos criados no Brasil.
A semelhança reforçou a suspeita de pesquisadores de que a transmissão no país esteja ligada ao consumo de carne de porco mal passada.
"Quando comparamos [geneticamente] as amostras do paciente e do animal, vimos que são relacionadas", diz a pesquisadora Débora Regina Lopes dos Santos. Ela é uma das responsáveis pelo estudo, publicado no "Journal of Clinical Virology".
Na Ásia e na África, regiões em que a hepatite E é endêmica, o contágio se dá através de consumo de água e alimentos contaminados com fezes -mesma forma de transmissão da hepatite A.
Já no caso das hepatites B, C e D, a transmissão ocorre pelo contato com sangue e outros fluidos corporais de pacientes infectados.
Com tantas possibilidades, alguns episódios da doença acabam não tendo suas causas reveladas.
Foi sobre esses casos que Santos se debruçou. Foram analisadas 64 amostras de pessoas que tinham tidohepatite aguda de origem indefinida entre 2004 e 2008.
Em uma dessas amostras, os exames sorológicos e moleculares detectaram o vírus.
O paciente em questão era um morador do Rio que teve a doença em 2006.
Os pesquisadores partiram então para a comparação com vírus que já tinham sido encontrados em suínos criados no Estado, seguindo a linha de estudos internacionais que já traçaram essa relação. Os resultados confirmaram a possibilidade.
"Mas, para ter certeza, só se pudesse analisar a carne que ele comeu", diz Santos.
Apesar de não ter essa confirmação, a pesquisadora aconselha a população a cozinhar bem a carne, recomendação válida para evitar também outras doenças.
O Ministério da Saúde disse que a detecção do vírus não altera a política de enfrentamento da doença. "O ministério já desenvolve ações para a hepatite A, que são eficientes contra a hepatite E", afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa.
DENISE MENCHEN