Mexicanos usam máscaras em prevenção ao vírus da gripe suína na Cidade do México, no auge do surto em abril de 2009
Genebra, 10 ago (EFE).- A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou hoje o fim da pandemia de gripe A, 14 meses depois de ter declarado o nível máximo de alerta pela aparição do vírus, que matou cerca de 19 mil pessoas em todo o mundo.
"O mundo não está mais na fase seis de alerta pandêmico. Passamos para a fase pós-pandêmica", disse a diretora geral do organismo, Margaret Chan, que tomou a decisão de levantar o alerta aconselhada pelo Comitê de Emergência da OMS, reunido horas antes.
"Esta é a opinião do Comitê de Emergência", disse Margaret Chan, em uma entrevista coletiva pelo telefone, de Hong Kong, na qual voltou a defender a atuação do organismo frente às críticas por ter causado um alarme desnecessário e uma despesa desmedida em vacinas.
No entanto, a responsável da OMS deixou claro que a passagem para a fase pós-pandêmica "não significa que o vírus A(H1N1) tenha desaparecido", e defendeu a controversa gestão da crise pelo organismo.
"Com base em nossa experiência com pandemias anteriores, esperamos que o vírus A (H1N1) adote um comportamento similar ao do vírus da gripe comum e continue circulando nos próximos anos", disse Chan.
E acrescentou que "neste período pós-pandêmico podem aparecer surtos com níveis significativos de transmissão do A(H1N1). Esta é a situação que observamos agora na Nova Zelândia e pode acontecer o mesmo em outros lugares".
Margaret ressaltou que, atualmente, o vírus da gripe A não é o dominante e que na maioria dos países circula uma mistura de vírus gripais.
Segundo ela, como em alguns países 20% e 40% da população foi infectada pelo vírus A (H1N1), isso deu certa imunidade às pessoas.
Apesar de tudo, a diretora-geral da OMS advertiu que o vírus "continuará causando uma doença grave em jovens e outros grupos de risco", por isso insistiu em recomendar a vacinação.
"Tivemos sorte neste ano que passou. O vírus não mudou para a outra forma mais letal e não foi desenvolvida resistência ao oseltamivir (princípio ativo dos remédios contra o vírus), e a vacina demonstrou ser segura", ressaltou Margaret, frente às críticas recebidas pela OMS depois que os Governos gastaram milhões em vacinas não utilizadas.
Comitê de Emergência
O Comitê de Emergência do organismo se reuniu por teleconferência à 1h desta terça-feira (horário de Brasília), e durante várias horas seus especialistas, desde diferentes pontos do mundo, debateram a situação atual do vírus H1N1, segundo confirmou à agência Efe o porta-voz da OMS, Gregory Hartl.
O alerta de pandemia que tinha sido declarado em 11 de junho do ano passado após a aparição, meses antes, de um novo vírus gripal que se estendeu rapidamente pelo mundo estava mantido até agora por que a organização considera que o perigo não tinha passado totalmente.
O Comitê de Emergência tinha previsto se reunir no último dia 20 de julho para abordar o assunto, mas a teleconferência acabou cancelada, e por isso foi mantido o maior nível de alerta sobre a gripe A.
Na ocasião, Hartl anunciou que "o Comitê não se reunirá esta semana porque ainda se está avaliando como se comporta o vírus durante o inverno do Hemisfério Sul".
A última reunião do Comitê aconteceu em junho, quando o grupo decidiu manter o alerta e revisar a situação durante o verão no hemisfério norte.
Genebra, 10 ago (EFE).- A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou hoje o fim da pandemia de gripe A, 14 meses depois de ter declarado o nível máximo de alerta pela aparição do vírus, que matou cerca de 19 mil pessoas em todo o mundo.
"O mundo não está mais na fase seis de alerta pandêmico. Passamos para a fase pós-pandêmica", disse a diretora geral do organismo, Margaret Chan, que tomou a decisão de levantar o alerta aconselhada pelo Comitê de Emergência da OMS, reunido horas antes.
"Esta é a opinião do Comitê de Emergência", disse Margaret Chan, em uma entrevista coletiva pelo telefone, de Hong Kong, na qual voltou a defender a atuação do organismo frente às críticas por ter causado um alarme desnecessário e uma despesa desmedida em vacinas.
No entanto, a responsável da OMS deixou claro que a passagem para a fase pós-pandêmica "não significa que o vírus A(H1N1) tenha desaparecido", e defendeu a controversa gestão da crise pelo organismo.
"Com base em nossa experiência com pandemias anteriores, esperamos que o vírus A (H1N1) adote um comportamento similar ao do vírus da gripe comum e continue circulando nos próximos anos", disse Chan.
E acrescentou que "neste período pós-pandêmico podem aparecer surtos com níveis significativos de transmissão do A(H1N1). Esta é a situação que observamos agora na Nova Zelândia e pode acontecer o mesmo em outros lugares".
Margaret ressaltou que, atualmente, o vírus da gripe A não é o dominante e que na maioria dos países circula uma mistura de vírus gripais.
Segundo ela, como em alguns países 20% e 40% da população foi infectada pelo vírus A (H1N1), isso deu certa imunidade às pessoas.
Apesar de tudo, a diretora-geral da OMS advertiu que o vírus "continuará causando uma doença grave em jovens e outros grupos de risco", por isso insistiu em recomendar a vacinação.
"Tivemos sorte neste ano que passou. O vírus não mudou para a outra forma mais letal e não foi desenvolvida resistência ao oseltamivir (princípio ativo dos remédios contra o vírus), e a vacina demonstrou ser segura", ressaltou Margaret, frente às críticas recebidas pela OMS depois que os Governos gastaram milhões em vacinas não utilizadas.
Comitê de Emergência
O Comitê de Emergência do organismo se reuniu por teleconferência à 1h desta terça-feira (horário de Brasília), e durante várias horas seus especialistas, desde diferentes pontos do mundo, debateram a situação atual do vírus H1N1, segundo confirmou à agência Efe o porta-voz da OMS, Gregory Hartl.
O alerta de pandemia que tinha sido declarado em 11 de junho do ano passado após a aparição, meses antes, de um novo vírus gripal que se estendeu rapidamente pelo mundo estava mantido até agora por que a organização considera que o perigo não tinha passado totalmente.
O Comitê de Emergência tinha previsto se reunir no último dia 20 de julho para abordar o assunto, mas a teleconferência acabou cancelada, e por isso foi mantido o maior nível de alerta sobre a gripe A.
Na ocasião, Hartl anunciou que "o Comitê não se reunirá esta semana porque ainda se está avaliando como se comporta o vírus durante o inverno do Hemisfério Sul".
A última reunião do Comitê aconteceu em junho, quando o grupo decidiu manter o alerta e revisar a situação durante o verão no hemisfério norte.