Pesadelos resultantes de eventos traumáticos geralmente desaparecem com o tempo, assim como as imagens assustadoras e tramas aterrorizantes se tornam menos intensas. Os sonhos também podem evoluir naturalmente para o que alguns especialistas chamam de “mastery dreams”, nos quais a pessoa descobre uma forma de aliviar a dor ou o horror – por exemplo, confrontando um estuprador ou salvando alguém de um incêndio.
Porém, quando isso não acontece por sua própria vontade, muitos terapeutas usam intervenções comportamentais para reduzir os pesadelos ou guiar o paciente em direção a um "mastery dream" – usando a mente consciente para controlar a maneira selvagem do inconsciente.
Algumas dessas técnicas vêm sendo usada há anos. Num tratamento, conhecido como sonho lúcido, os pacientes são ensinados a se tornar conscientes de que estão sonhando, enquanto sonham. Em outra, chamado de dessensibilização in vivo, eles são expostos enquanto acordados ao que pode estar atormentando-os no sono – por exemplo, uma cobra viva, enjaulada e inofensiva – até que o medo desapareça.
Mais recentemente, terapeutas e outros especialistas começaram a usar uma técnica chamada de incubação do sonho, pesquisada pela primeira vez no início da década de 1990 pela por Deirdre Barrett, psicóloga da Harvard Medical School.
"A Origem"
Hollywood acaba de produzir sua própria abordagem sobre o sonho lúcido e a ideia de controlar os sonhos, com o lançamento do filme “Inception”, ("A Origem", na versão brasileira) um suspense cuja trama gira em torno das camadas mais obscuras do mundo do sonho.
Como Barrett escreveu numa análise online do filme, para a Associação Internacional para o Estudo dos Sonhos, “Adoro a ideia de milhões de fãs de filmes de ação deixando os cinemas e se perguntando se já tiveram um sonho no qual sabiam que estavam sonhando – ou sacando seus celulares e pesquisando no Google para saber se realmente é possível aprender a influenciar o conteúdo dos sonhos”.
Usando a incubação de sonho para resolver problemas, Barrett, autora do livro “The Committee of Sleep”, que expandiu sua pesquisa inicial, pede que seus pacientes escrevam um problema numa frase curta e coloque a anotação próxima da cama. Então, ela pede que eles revisem o problema durante alguns minutos antes de deitarem e, uma vez na cama, visualizem o problema como uma imagem concreta, se possível.
Enquanto caem no sono, os pacientes devem dizer a si mesmos que querem sonhar com o problema e idealmente manter papel e caneta por perto, e talvez uma lanterna ou caneta com ponta de luz, sobre o criado-mudo. Independente da hora em que acordam, eles devem ficar deitados e quietos antes de se levantar da cama, observando se há “qualquer resquício de sonho lembrado e convidar mais do sono a voltar, se possível”. Eles devem escrever tudo que lembrarem.
Para reduzir os pesadelos, ela ajuda os pacientes a desenvolver um cenário para trabalhar, e eles podem se lembrar disso enquanto caem no sono, dizendo para si próprios: “Hoje, se eu sonhar com o incêndio, com o Vietnã, quero encontrar uma mangueira, congelar a ação, falar com o menino vietnamita”, ela disse.
Ensaio de imagens
O médico Barry Krakow, do Centro Maimonides de Artes e Ciência do Sono, em Albuquerque, Novo México, autor de “Sound Sleep, Sound Mind”, ajudou a desenvolver uma terapia de ensaio de imagens. Num manual de 110 páginas que oferece aos pacientes, ele faz com que as pessoas escolham um pesadelo que querem transformam em sonho de menor intensidade.
“Mude o pesadelo como quiser”, diz o manual. “Deixe que novas imagens positivas surjam no olho da sua mente para guiá-lo a ‘pintar’ o novo sonho”.
Os pacientes então ensaiam o novo sonho, que pode ser uma versão menos assustadora do pesadelo ou um sonho completamente diferente, pelo menos uma vez por dia, por 10 ou 20 minutos. Ele sugere relembrar um pesadelo apenas uma ou duas vezes por semana – e apenas para transformá-lo num novo sonho.
Porém, quando isso não acontece por sua própria vontade, muitos terapeutas usam intervenções comportamentais para reduzir os pesadelos ou guiar o paciente em direção a um "mastery dream" – usando a mente consciente para controlar a maneira selvagem do inconsciente.
Algumas dessas técnicas vêm sendo usada há anos. Num tratamento, conhecido como sonho lúcido, os pacientes são ensinados a se tornar conscientes de que estão sonhando, enquanto sonham. Em outra, chamado de dessensibilização in vivo, eles são expostos enquanto acordados ao que pode estar atormentando-os no sono – por exemplo, uma cobra viva, enjaulada e inofensiva – até que o medo desapareça.
Mais recentemente, terapeutas e outros especialistas começaram a usar uma técnica chamada de incubação do sonho, pesquisada pela primeira vez no início da década de 1990 pela por Deirdre Barrett, psicóloga da Harvard Medical School.
"A Origem"
Hollywood acaba de produzir sua própria abordagem sobre o sonho lúcido e a ideia de controlar os sonhos, com o lançamento do filme “Inception”, ("A Origem", na versão brasileira) um suspense cuja trama gira em torno das camadas mais obscuras do mundo do sonho.
Como Barrett escreveu numa análise online do filme, para a Associação Internacional para o Estudo dos Sonhos, “Adoro a ideia de milhões de fãs de filmes de ação deixando os cinemas e se perguntando se já tiveram um sonho no qual sabiam que estavam sonhando – ou sacando seus celulares e pesquisando no Google para saber se realmente é possível aprender a influenciar o conteúdo dos sonhos”.
Usando a incubação de sonho para resolver problemas, Barrett, autora do livro “The Committee of Sleep”, que expandiu sua pesquisa inicial, pede que seus pacientes escrevam um problema numa frase curta e coloque a anotação próxima da cama. Então, ela pede que eles revisem o problema durante alguns minutos antes de deitarem e, uma vez na cama, visualizem o problema como uma imagem concreta, se possível.
Enquanto caem no sono, os pacientes devem dizer a si mesmos que querem sonhar com o problema e idealmente manter papel e caneta por perto, e talvez uma lanterna ou caneta com ponta de luz, sobre o criado-mudo. Independente da hora em que acordam, eles devem ficar deitados e quietos antes de se levantar da cama, observando se há “qualquer resquício de sonho lembrado e convidar mais do sono a voltar, se possível”. Eles devem escrever tudo que lembrarem.
Para reduzir os pesadelos, ela ajuda os pacientes a desenvolver um cenário para trabalhar, e eles podem se lembrar disso enquanto caem no sono, dizendo para si próprios: “Hoje, se eu sonhar com o incêndio, com o Vietnã, quero encontrar uma mangueira, congelar a ação, falar com o menino vietnamita”, ela disse.
Ensaio de imagens
O médico Barry Krakow, do Centro Maimonides de Artes e Ciência do Sono, em Albuquerque, Novo México, autor de “Sound Sleep, Sound Mind”, ajudou a desenvolver uma terapia de ensaio de imagens. Num manual de 110 páginas que oferece aos pacientes, ele faz com que as pessoas escolham um pesadelo que querem transformam em sonho de menor intensidade.
“Mude o pesadelo como quiser”, diz o manual. “Deixe que novas imagens positivas surjam no olho da sua mente para guiá-lo a ‘pintar’ o novo sonho”.
Os pacientes então ensaiam o novo sonho, que pode ser uma versão menos assustadora do pesadelo ou um sonho completamente diferente, pelo menos uma vez por dia, por 10 ou 20 minutos. Ele sugere relembrar um pesadelo apenas uma ou duas vezes por semana – e apenas para transformá-lo num novo sonho.
Por Sarah Kershaw