Organizações de prevenção ao HIV e de apoio a vítimas da Aids na África do Sul têm criticado a falta de uma campanha coordenada para conscientizar torcedores estrangeiros e sul-africanos durante a Copa do Mundo.
Um anúncio de uma ONG incentivando o uso de preservativo e veiculado na emissora estatal de televisão SABC no intervalo dos jogos, e alguns outdoors nas ruas são alguns dos poucos lembretes de que este é o país com o maior número de pessoas contaminadas com o HIV no mundo - 5,7 milhões, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
"O governo, a Fifa, as ONGs, as igrejas, os líderes comunitários - todo mundo tem um papel no combate à Aids e deveria ter se sentado à mesma mesa para decidir como atuar durante o Mundial", disse à BBC o reverendo Nelis du Toit, diretor do Christian Aids Bureau of South Africa (CABSA).
A expectativa da entrada de até 500 mil estrangeiros no país durante o Mundial - e o consequente aumento na prostituição - também eleva a apreensão dos ativistas.
"Um dos motores por trás da epidemia de Aids é a vulnerabilidade, que é maior quando se está em um ambiente que não é o seu", explicou Du Toit. "O comportamento de risco também aumenta nessas situações." Iniciativas isoladas Antes do início do torneio, as ONGs reclamaram de uma possível proibição da sua atuação em estádios e áreas de telões, os chamados Fan Fests.
Diante das críticas, a Fifa divulgou um comunicado dizendo que autorizaria a distribuição de camisinhas e material informativo pelas autoridades de saúde nos Fan Fests, além de permitir a exibição de anúncios sobre prevenção e tratamento da Aids.
Como esses locais, no entanto, passam boa parte do dia vazios, só enchendo na hora dos jogos, para as ONGs não parece ser uma boa solução.
"O entretenimento é uma das melhores plataformas para criar conscientização. Mas essas mensagens de incentivo ao sexo seguro deveriam também ser exibidas nos estádios", disse à BBC Brasil Nokhwezi Hoboyi, da ONG Treatment Action Campaign (TAC).
"No dia do show de abertura da Copa, com 60 mil pessoas na plateia, não houve nenhum anúncio falando do HIV", criticou.
Na falta de uma campanha mais ostensiva, como as que se vê na época do Carnaval no Brasil, iniciativas isoladas estão ajudando a alertar os turistas para o perigo da contaminação. Alguns hotéis, por exemplo, decidiram colocar caixas de camisinhas entre os itens de higiene ou de frigobar.
Mas para Hoboyi, é importante que os alertas não criem um estigma sobre os sul-africanos.
"Quando os governos estrangeiros, as agências de turismo e os hotéis tomam a iniciativa de conscientizar seus cidadãos, têm que tomar cuidado para não passarem a ideia de que nós, sul-africanos, somos os perpetradores da Aids", afirmou a ativista. "Os turistas têm que saber que nós sabemos nos proteger." Procurado pela BBC Brasil, o Departamento de Saúde da África do Sul não respondeu às críticas das ONGs.
Organizações de prevenção ao HIV e de apoio a vítimas da Aids na África do Sul têm criticado a falta de uma campanha coordenada para conscientizar torcedores estrangeiros e sul-africanos durante a Copa do Mundo.
Um anúncio de uma ONG incentivando o uso de preservativo e veiculado na emissora estatal de televisão SABC no intervalo dos jogos, e alguns outdoors nas ruas são alguns dos poucos lembretes de que este é o país com o maior número de pessoas contaminadas com o HIV no mundo - 5,7 milhões, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
"O governo, a Fifa, as ONGs, as igrejas, os líderes comunitários - todo mundo tem um papel no combate à Aids e deveria ter se sentado à mesma mesa para decidir como atuar durante o Mundial", disse à BBC o reverendo Nelis du Toit, diretor do Christian Aids Bureau of South Africa (CABSA).
A expectativa da entrada de até 500 mil estrangeiros no país durante o Mundial - e o consequente aumento na prostituição - também eleva a apreensão dos ativistas.
"Um dos motores por trás da epidemia de Aids é a vulnerabilidade, que é maior quando se está em um ambiente que não é o seu", explicou Du Toit. "O comportamento de risco também aumenta nessas situações." Iniciativas isoladas Antes do início do torneio, as ONGs reclamaram de uma possível proibição da sua atuação em estádios e áreas de telões, os chamados Fan Fests.
Diante das críticas, a Fifa divulgou um comunicado dizendo que autorizaria a distribuição de camisinhas e material informativo pelas autoridades de saúde nos Fan Fests, além de permitir a exibição de anúncios sobre prevenção e tratamento da Aids.
Como esses locais, no entanto, passam boa parte do dia vazios, só enchendo na hora dos jogos, para as ONGs não parece ser uma boa solução.
"O entretenimento é uma das melhores plataformas para criar conscientização. Mas essas mensagens de incentivo ao sexo seguro deveriam também ser exibidas nos estádios", disse à BBC Brasil Nokhwezi Hoboyi, da ONG Treatment Action Campaign (TAC).
"No dia do show de abertura da Copa, com 60 mil pessoas na plateia, não houve nenhum anúncio falando do HIV", criticou.
Na falta de uma campanha mais ostensiva, como as que se vê na época do Carnaval no Brasil, iniciativas isoladas estão ajudando a alertar os turistas para o perigo da contaminação. Alguns hotéis, por exemplo, decidiram colocar caixas de camisinhas entre os itens de higiene ou de frigobar.
Mas para Hoboyi, é importante que os alertas não criem um estigma sobre os sul-africanos.
"Quando os governos estrangeiros, as agências de turismo e os hotéis tomam a iniciativa de conscientizar seus cidadãos, têm que tomar cuidado para não passarem a ideia de que nós, sul-africanos, somos os perpetradores da Aids", afirmou a ativista. "Os turistas têm que saber que nós sabemos nos proteger." Procurado pela BBC Brasil, o Departamento de Saúde da África do Sul não respondeu às críticas das ONGs.
Um anúncio de uma ONG incentivando o uso de preservativo e veiculado na emissora estatal de televisão SABC no intervalo dos jogos, e alguns outdoors nas ruas são alguns dos poucos lembretes de que este é o país com o maior número de pessoas contaminadas com o HIV no mundo - 5,7 milhões, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
"O governo, a Fifa, as ONGs, as igrejas, os líderes comunitários - todo mundo tem um papel no combate à Aids e deveria ter se sentado à mesma mesa para decidir como atuar durante o Mundial", disse à BBC o reverendo Nelis du Toit, diretor do Christian Aids Bureau of South Africa (CABSA).
A expectativa da entrada de até 500 mil estrangeiros no país durante o Mundial - e o consequente aumento na prostituição - também eleva a apreensão dos ativistas.
"Um dos motores por trás da epidemia de Aids é a vulnerabilidade, que é maior quando se está em um ambiente que não é o seu", explicou Du Toit. "O comportamento de risco também aumenta nessas situações." Iniciativas isoladas Antes do início do torneio, as ONGs reclamaram de uma possível proibição da sua atuação em estádios e áreas de telões, os chamados Fan Fests.
Diante das críticas, a Fifa divulgou um comunicado dizendo que autorizaria a distribuição de camisinhas e material informativo pelas autoridades de saúde nos Fan Fests, além de permitir a exibição de anúncios sobre prevenção e tratamento da Aids.
Como esses locais, no entanto, passam boa parte do dia vazios, só enchendo na hora dos jogos, para as ONGs não parece ser uma boa solução.
"O entretenimento é uma das melhores plataformas para criar conscientização. Mas essas mensagens de incentivo ao sexo seguro deveriam também ser exibidas nos estádios", disse à BBC Brasil Nokhwezi Hoboyi, da ONG Treatment Action Campaign (TAC).
"No dia do show de abertura da Copa, com 60 mil pessoas na plateia, não houve nenhum anúncio falando do HIV", criticou.
Na falta de uma campanha mais ostensiva, como as que se vê na época do Carnaval no Brasil, iniciativas isoladas estão ajudando a alertar os turistas para o perigo da contaminação. Alguns hotéis, por exemplo, decidiram colocar caixas de camisinhas entre os itens de higiene ou de frigobar.
Mas para Hoboyi, é importante que os alertas não criem um estigma sobre os sul-africanos.
"Quando os governos estrangeiros, as agências de turismo e os hotéis tomam a iniciativa de conscientizar seus cidadãos, têm que tomar cuidado para não passarem a ideia de que nós, sul-africanos, somos os perpetradores da Aids", afirmou a ativista. "Os turistas têm que saber que nós sabemos nos proteger." Procurado pela BBC Brasil, o Departamento de Saúde da África do Sul não respondeu às críticas das ONGs.
Organizações de prevenção ao HIV e de apoio a vítimas da Aids na África do Sul têm criticado a falta de uma campanha coordenada para conscientizar torcedores estrangeiros e sul-africanos durante a Copa do Mundo.
Um anúncio de uma ONG incentivando o uso de preservativo e veiculado na emissora estatal de televisão SABC no intervalo dos jogos, e alguns outdoors nas ruas são alguns dos poucos lembretes de que este é o país com o maior número de pessoas contaminadas com o HIV no mundo - 5,7 milhões, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
"O governo, a Fifa, as ONGs, as igrejas, os líderes comunitários - todo mundo tem um papel no combate à Aids e deveria ter se sentado à mesma mesa para decidir como atuar durante o Mundial", disse à BBC o reverendo Nelis du Toit, diretor do Christian Aids Bureau of South Africa (CABSA).
A expectativa da entrada de até 500 mil estrangeiros no país durante o Mundial - e o consequente aumento na prostituição - também eleva a apreensão dos ativistas.
"Um dos motores por trás da epidemia de Aids é a vulnerabilidade, que é maior quando se está em um ambiente que não é o seu", explicou Du Toit. "O comportamento de risco também aumenta nessas situações." Iniciativas isoladas Antes do início do torneio, as ONGs reclamaram de uma possível proibição da sua atuação em estádios e áreas de telões, os chamados Fan Fests.
Diante das críticas, a Fifa divulgou um comunicado dizendo que autorizaria a distribuição de camisinhas e material informativo pelas autoridades de saúde nos Fan Fests, além de permitir a exibição de anúncios sobre prevenção e tratamento da Aids.
Como esses locais, no entanto, passam boa parte do dia vazios, só enchendo na hora dos jogos, para as ONGs não parece ser uma boa solução.
"O entretenimento é uma das melhores plataformas para criar conscientização. Mas essas mensagens de incentivo ao sexo seguro deveriam também ser exibidas nos estádios", disse à BBC Brasil Nokhwezi Hoboyi, da ONG Treatment Action Campaign (TAC).
"No dia do show de abertura da Copa, com 60 mil pessoas na plateia, não houve nenhum anúncio falando do HIV", criticou.
Na falta de uma campanha mais ostensiva, como as que se vê na época do Carnaval no Brasil, iniciativas isoladas estão ajudando a alertar os turistas para o perigo da contaminação. Alguns hotéis, por exemplo, decidiram colocar caixas de camisinhas entre os itens de higiene ou de frigobar.
Mas para Hoboyi, é importante que os alertas não criem um estigma sobre os sul-africanos.
"Quando os governos estrangeiros, as agências de turismo e os hotéis tomam a iniciativa de conscientizar seus cidadãos, têm que tomar cuidado para não passarem a ideia de que nós, sul-africanos, somos os perpetradores da Aids", afirmou a ativista. "Os turistas têm que saber que nós sabemos nos proteger." Procurado pela BBC Brasil, o Departamento de Saúde da África do Sul não respondeu às críticas das ONGs.