sábado, 5 de junho de 2010

Melhora qualidade do trabalho nas micro e pequenas empresas



Aumentou o grau de escolaridade, o tempo de permanência no emprego e o rendimento médio mensal dos trabalhadores das micro e pequenas empresas, segmento que continua sendo porta de entrada de jovens no mercado de trabalho. É o que mostra estudo comparativo do Sebrae sobre a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, e a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), entre os anos 2001 e 2008. O estudo foi apresentado pela gerente de Gestão Estratégica do Sebrae, Raissa Rossiter, no seminário que tratou sobre Desenvolvimento e o papel das micro e pequenas empresas, promovido na terça-feira (1º) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Raissa participou do painel que debateu Ocupação, cadeias produtivas e relações de trabalho nas micro e pequenas empresas. O trabalho mostra que de 2001 a 2008 o número de empregados formais com o segundo grau incompleto ou completo subiu de 37% para 55%.
Aqueles com ensino superior completo ou mais passou de 6% para 8%. O rendimento médio mensal dos trabalhadores do segmento subiu de R$ 829,00 para R$ 861,00 e o tempo médio de permanência desses trabalhadores nessas empresas passou de 3,7 anos para 4,1 anos. Conforme o trabalho, mesmo com uma queda no número de vagas oferecidas, esse segmento empresarial continua sendo porta de entrada para o emprego de jovens com até 24 anos.
Em 2001, 60% dos empregados com carteira assinada trabalhavam em micro e pequenas empresas. Em 2008, esse percentual caiu para 54%. “Essas variáveis estão interconectadas contribuindo para a melhoria da qualidade do trabalho nas micro e pequenas empresas e para a competitividade do segmento”, avalia Raissa Rossiter. Ela reforça a importância desses fatores e dessas empresas para o desenvolvimento do País. “As micro e pequenas empresas têm forte atuação no mercado interno e o fortalecimento desse mercado nos últimos anos reflete fortemente a ação dessas empresas”, lembra. Para fortalecer esse potencial dos micro e pequenos negócios, a gerente do Sebrae defende que é preciso “aperfeiçoar os instrumentos de monitoramento do mercado de trabalho que permitam aferir melhor a situação do segmento”. Ela também destaca ser preciso um esforço conjunto para potencializar o uso das bases de dados e análises relativas ao segmento. Sugeriu inclusive um grupo de estudos com este objetivo formado por órgãos e instituições que atuam na área, como Sebrae, Ipea e IBGE.


Da Agência Sebrae de Notícias