sexta-feira, 28 de maio de 2010

Ginecologistas de planos ameaçam greve em São Paulo




Cartaz da campanha contra os planos de saúde

Os ginecologistas de São Paulo ganham, por um parto normal, em torno de R$ 200, menos do que recebem os que filmam o evento. Ou mesmo menos do que custa uma "boa escova progressiva" (procedimento estético para alisar cabelos).Com informações como essa e propagandas em jornais, revistas e rádios, os profissionais do Estado de São Paulo cobram aumento da remuneração dos planos de saúde e ameaçam greve em outubro. Os nove mil integrantes da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (Sogesp) apontam que há dez anos não há reajuste não só dos partos como das consultas, para as quais os planos pagam em média R$ 25. Atualmente, 85% dos partos no Brasil na rede suplementar de saúde acabam sendo cesarianas. "No parto normal, o médico trabalha 8, 12 horas, além das visitas subsequentes. Nas consultas, retirados impostos, gastos com recursos humanos, infraestrutura, o médico fica com R$ 5", afirma César Fernandes, presidente da Sogesp. Procurada, a Fenasaúde, que representa os planos, não ligou de volta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo