Uma assembleia geral pretende reunir centenas de policiais militares e bombeiros nesta segunda-feira (29) para discutir os encaminhamentos que serão dados ao movimento em favor da equiparação salarial com a Polícia Civil. Representantes dos militares estão convocando a comparecer ao ato fardados e desarmados. Ontem, eles fazeram uma panfletagem no clássico entre o Sport e Santa Cruz, que aconteceu na Ilha do Retiro, junto aos cerca de 600 policiais que fizeram a segurança. A decisão foi tomada numa assembleia realizada na Associação dos Militares do Estado de Pernambuco (AME-PE). A categoria está insatisfeita com o tratamento que o Governo deu ao reajuste salarial das corporações em comparação ao aumento concedido aos policiais civis. Agentes dessa categoria em início de carreira receberá mais de 40% de aumento, os militares terão um acréscimo de 10% em seus salários. “Minha posição é de paralisação a partir de hoje. Movimento paredista. Vamos para o quartel, mas não iremos sair às ruas”, disse o presidente da AME-PE, capitão Wlademir Assis.
Como resposta à insatisfação dos militares, o governador Eduardo Campos pediu “aos comandantes para esclarecerem que quem não estiver disposto a cumprir suas determinações que desistam da labuta, pois tem muita gente querendo trabalhar comigo”. A afirmação foi dada durante a sansão da lei que cria o bônus para os policiais que contribuírem com a redução da violência, na noite de sábado. A Secretaria de Administração informou que o reajuste salarial de 2010 foi acordado com os militares, em 2008.
Na assembleia, policiais decidiram que não irão abrir mão da isonomia salarial.
“Estamos todos unidos contra essa decisão do Governo”, afirmou o coronel João do Moura, presidente da União Militar do Brasil.
Da editoria de Grande Recife