
Era o ano de 1974 e o endereço, o do Estádio do Morumbi, em São Paulo. Enquanto o técnico Rubens Minelli dava as últimas instruções ao time, em um canto do estádio o empresário Roberto Estefano, então com 26 anos, não conseguia conter a ansiedade. Torcedor roxo do São Paulo Futebol Clube, ele teria o prazer de ver pela primeira vez seu time usando uma camisa feita pela Penalty, a marca que ele criara poucos anos antes ao assumir a Malharia Cambuci, negócio de família fundado em 1945. Tinha início uma parceria vitoriosa, que levou a empresa a comemorar com o time o bicampeonato mundial no Japão e se transformar em uma das principais estratégias de marketing da única marca esportiva 100% brasileira a brigar com gigantes mundiais do porte da Nike. Foi a paixão pelo futebol e uma dessas coincidências que só o destino é capaz de explicar que levaram Estefano a investir em roupas para a prática de esportes e dar uma guinada na confecção da família, uma malharia sem nenhuma especialização. “Um representante de artigos esportivos passou pela fábrica e perguntou se não podíamos confeccionar um jogo de camisas para futebol”, lembra Estefano, 61 anos. “De cara eu disse que sim, já que as máquinas estavam ociosas. Desenhamos oito modelos.” Um mês depois o sujeito voltou com um pedido que somava um semestre de produção da malharia. No início eram só camisas. Mais tarde vieram meias, calções e agasalhos. Hoje, são mais de 2 mil itens com a marca Penalty, entre roupas, chuteiras e bolas para diversas modalidades esportivas, que mobilizam três unidades fabris, somam 6.500 clientes ativos, espalham-se por mais de 8.500 pontos de venda e significaram no ano passado um faturamento de R$ 260 milhões. “A diversidade de produtos é nosso grande diferencial. Nascemos com a proposta de não ser donos de um produto só e sim fabricantes de artigos esportivos”, afirma Estefano.
A parceria com os clubes, firmada nos anos 70 como uma saída para divulgar a marca em tempos de caixa fraco, continua firme e ainda hoje é um dos principais canais de divulgação da empresa. Foi com a logomarca da Penalty que o Vasco da Gama retornou à primeira divisão do campeonato carioca em dezembro passado, e o time de futsal Carlos Barbosa, do Rio Grande do Sul, conquistou o campenato mundial. O próximo passo, de acordo com Estefano, será vestir uma das seleções na Copa de 2014, projeto que está sendo alinhavado desde já. “Teremos pela frente quatro anos de muito planejamento e trabalho, porque não é sempre que temos uma copa do mundo em casa e a chance de crescer e ganhar mercado”, afirma. Voltar os olhos para o futuro é um exercício que Estefano costuma fazer desde a juventude, quando aos 20 anos assumiu a Malharia Cambuci ao lado dos irmãos Eduardo e Renato. “Eu não tinha nenhuma experiência, mas uma vontade imensa de fazer diferente e de preservar o negócio da família”, diz. O fazer diferente significou seguir na contramão da concorrência e criar uma marca ligada ao esporte. Naquela época, as empresas costumavam especializar-se em um único produto. Era o auge das chuteiras Drible e dos tênis Rainha. Fabricar um pouco de cada coisa era um grande risco, principalmente para quem estava começando. Mas foi justamente o que os irmãos Estefano fizeram. “A Adidas, a grife mais cobiçada da década de 70, trabalhava assim e procuramos seguir esse exemplo ao oferecer ao mercado uma linha completa de artigos esportivos”, diz Estefano. “Fomos os primeiros a lançar calções de náilon, camisas furadinhas, calçados moldados de acordo com o biotipo dos esportistas e meias que absorviam o impacto e o suor.”
PENALTY
Fundação >>> 1945 Sede >>> São Paulo, SP O que faz >>> Produz e distribui artigos esportivos Funcionários >>> 2.800 Faturamento 2009 >>> R$ 260 milhões
A parceria com os clubes, firmada nos anos 70 como uma saída para divulgar a marca em tempos de caixa fraco, continua firme e ainda hoje é um dos principais canais de divulgação da empresa. Foi com a logomarca da Penalty que o Vasco da Gama retornou à primeira divisão do campeonato carioca em dezembro passado, e o time de futsal Carlos Barbosa, do Rio Grande do Sul, conquistou o campenato mundial. O próximo passo, de acordo com Estefano, será vestir uma das seleções na Copa de 2014, projeto que está sendo alinhavado desde já. “Teremos pela frente quatro anos de muito planejamento e trabalho, porque não é sempre que temos uma copa do mundo em casa e a chance de crescer e ganhar mercado”, afirma. Voltar os olhos para o futuro é um exercício que Estefano costuma fazer desde a juventude, quando aos 20 anos assumiu a Malharia Cambuci ao lado dos irmãos Eduardo e Renato. “Eu não tinha nenhuma experiência, mas uma vontade imensa de fazer diferente e de preservar o negócio da família”, diz. O fazer diferente significou seguir na contramão da concorrência e criar uma marca ligada ao esporte. Naquela época, as empresas costumavam especializar-se em um único produto. Era o auge das chuteiras Drible e dos tênis Rainha. Fabricar um pouco de cada coisa era um grande risco, principalmente para quem estava começando. Mas foi justamente o que os irmãos Estefano fizeram. “A Adidas, a grife mais cobiçada da década de 70, trabalhava assim e procuramos seguir esse exemplo ao oferecer ao mercado uma linha completa de artigos esportivos”, diz Estefano. “Fomos os primeiros a lançar calções de náilon, camisas furadinhas, calçados moldados de acordo com o biotipo dos esportistas e meias que absorviam o impacto e o suor.”
PENALTY
Fundação >>> 1945 Sede >>> São Paulo, SP O que faz >>> Produz e distribui artigos esportivos Funcionários >>> 2.800 Faturamento 2009 >>> R$ 260 milhões
Katia Simões