terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Um gordo pode ser presidente? E uma gorda?


A ditadura da magreza influencia nossas escolhas políticas, revela pesquisa americana.
Por que as mulheres levam a pior

Aqui você encontra uma amostra da experiência.
Se tivesse que considerar apenas a aparência dos dois candidatos acima, em qual deles você votaria? No magrinho da esquerda ou no rechonchudo da direita?

O preconceito velado (ou explícito) contra os obesos pode ser observado em vários campos da vida social. Para muita gente, gordo é o sujeito preguiçoso e com baixa autoestima que, obrigatoriamente, produzirá menos que os magros no trabalho e na escola. É também o indivíduo desleixado, que não cuida da saúde e só dá prejuízo aos empregadores e ao Estado.
O pré-julgamento que os gordos sofrem no trabalho, na vida escolar e nos serviços de saúde vem sendo estudado há vários anos. Mas há um outro aspecto que só agora tem merecido atenção dos pesquisadores: até que ponto a forma física dos candidatos a um cargo público influencia nossas escolhas políticas? A obesidade pode ser um fator tão importante a ponto de definir nosso voto?
A resposta é sim, segundo a professora Beth J. Miller, do departamento de ciência política da Universidade do Missouri, em Kansas City. Nos dias de hoje, a quantidade de gordura corporal observada em um candidato parece ter adquirido sobre a opinião pública um efeito muito mais impactante do que se imaginava.
Beth chegou a essa conclusão depois de fazer um interessante estudo com 120 estudantes de psicologia e ciência política com idade média de 24 anos. O trabalho foi publicado há duas semanas na revista científica Obesity.
Os alunos foram convidados a dar notas a quatro candidatos depois de ver as fotos deles e ler uma descrição sobre suas crenças políticas. Eram candidatos hipotéticos e não políticos conhecidos. Os voluntários não tinham, portanto, qualquer informação prévia que pudesse influenciar o julgamento que fariam.