O otimismo dos industriais brasileiros em janeiro é o maior dos últimos 11 anos, segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada na última terça-feira (26). Para a maioria, o pior da crise já passou e a aposta é novamente em taxas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) superiores a 5%, semelhantes ao que vinha ocorrendo nos dois últimos anos pré-crise. Mas será que este otimismo todo no rumo da economia comprovado por pesquisa da CNI extrapola-se para o segmento de micro e pequenos negócios? Para o diretor de Administração e Finanças do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, sim. E sua avaliação baseia-se em sondagem do Sebrae, feita em março de 2009, no auge da crise, junto ao cadastro de clientes atendidos pela instituição. Baseia-se também no relacionamento direto com os usuários de seus serviços de consultoria e capacitação. A sondagem retratou que, apesar de sentirem os efeitos do instável contexto econômico – redução da quantidade vendida e do faturamento no último trimestre de 2008 -, micro e pequenas empresas apresentavam expectativa bastante favorável para o ano de 2009: 62% das MPE esperavam vender e faturar mais; 68% confiavam no aumento do número de clientes e 49% planejavam investimentos. Dos 2.937 empresários consultados nos 27 estados e Distrito Federal, 23,3% afirmaram que a ampliação do negócio era o tema-chave para 2009. Em segundo lugar, o marketing foi apontado por 21,2% dos entrevistados, enquanto a busca por novos mercados foi o terceiro tema mais votado, 16,3%. Santos afirma que, passada a crise, tudo indica que em 2010 a maior oferta de crédito por parte dos bancos públicos, assim como o fortalecimento de programas de transferência de renda, contribuem para as boas expectativas do segmento.
Da Agência Sebrae de Notícias