Todas as 96 lavanderias do município foram vistoriadas pela CPRH em março e abril deste ano. Entre irregularidades no licenciamento ambiental e pequenos ajustes técnicos, foram identificados problemas sérios em 14 unidades, que não tratavam corretamente os efluentes líquidos resultantes do processo de tingimento de tecidos. As demais tinham condições de funcionamento, embora estejam em processo de regularização junto à CPRH.
As lavanderias, que tiveram o maquinário lacrado, despejavam os efluentes diretamente na rede de coleta de esgoto sanitário ou no rio Ipojuca, sem o devido tratamento. Além dos produtos químicos utilizados no beneficiamento dos tecidos, a tinta acaba alterando a cor da água, impedindo a infiltração da luz solar. Isto altera a base da cadeia alimentar e a quantidade de oxigênio na água.
Das 14 lavanderias interditadas, algumas até já haviam construído sistemas de tratamentos, porém não o utilizavam, a fim de economizar com produtos químicos, energia elétrica e água.
É comum também o funcionamento parcial, fazendo-se uso de tubulações clandestinas para desviar uma fração dos efluentes sem tratamento.
A Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos vem intensificando a fiscalização às lavanderias no chamado Polo da Moda, no Agreste de Pernambuco. Além de Caruaru, já foram autuados e fechados estabelecimentos nos municípios de Riacho das Almas e Toritama.
A Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos vem intensificando a fiscalização às lavanderias no chamado Polo da Moda, no Agreste de Pernambuco. Além de Caruaru, já foram autuados e fechados estabelecimentos nos municípios de Riacho das Almas e Toritama.