Dekasseguis são descendentes orientais que vão ao Japão em busca de emprego. A meta é juntar dinheiro para abrir um negócio no Brasil. Agora, quando eles retornam com dinheiro no bolso, encontram um projeto que ensina empreendedorismo e diminui os riscos de investimento.
Para atender esse público, o Sebrae criou o Projeto Dekassegui, que já foi implantado em quatro estados: Pará, São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul. É a realidade dos 300 mil brasileiros que vivem no Japão e compartilham um sonho: voltar com dinheiro para abrir uma empresa.
O projeto existe desde 2004, e neste ano a procura aumentou 60%. “Grande parte deles passa muitos anos no Japão. Isso faz com que acabem se distanciando um pouco da realidade brasileira. Quando eles retornam, a imagem que eles tinham do Brasil é um pouco diferente da que existe naquele momento. Então, eles precisam ser orientados para que antes de empreender se ambientem novamente neste contexto”, explica Múcio Yoshinori Marinho, do Sebrae/PR.
O empresário Márcio Hiramoto já morou no Japão. Esteve lá por mais tempo do que gostaria.
A primeira experiência durou cinco anos. Márcio Hiramoto voltou do Japão com R$ 70 mil e montou uma locadora de videogames. Não tinha experiência como empresário, nem conhecimento de mercado. O negócio faliu em três anos e ele precisou voltar ao Japão. Para trabalhar mais, juntar mais dinheiro e finalmente, sete anos depois, ter uma segunda chance.
Junto com a mulher Edna e o sogro Yuduru Yamakawa, Márcio montou uma fábrica de calçados em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Os três sócios investiram boa parte das economias conquistadas no Japão. E desta vez o negócio deu certo. “A experiência anterior acaba influenciando nas suas decisões futuras. Você acaba voltando com um pouquinho mais de consciência, com a cabeça um pouquinho mais no lugar”, diz Márcio.
O empresário seguiu as orientações do Sebrae. A fábrica é bem organizada. Para aumentar a produtividade, o estoque de solados fica ao lado do setor de acabamento. “Agora está tudo à mão. Ele pega o que precisa e já vai trabalhando”, conta Márcio.
O empresário aprendeu a reduzir custos. Se o fornecedor aumenta muito o preço é substituído. Os sócios não esquecem o que aprenderam no Japão. Priorizam um ambiente limpo. “A limpeza é tarde. Nós temos de cinco a 10 minutos para fazer a limpeza no local e nas máquinas”, explica o empresário Yuduru Yamakawa, sogro de Márcio.
Os empresários não cuidam só da gestão. Eles trabalham duro. “O próprio dono, se não souber pelo menos uma parte do serviço, não tem como cobrar”, confessa Márcio. A fábrica vende botinas para 50 lojas do Mato Grosso do Sul. A produção mensal é de 700 pares. E a meta é chegar a 1.200 pares por mês até o fim de 2010.
Para atender esse público, o Sebrae criou o Projeto Dekassegui, que já foi implantado em quatro estados: Pará, São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul. É a realidade dos 300 mil brasileiros que vivem no Japão e compartilham um sonho: voltar com dinheiro para abrir uma empresa.
O projeto existe desde 2004, e neste ano a procura aumentou 60%. “Grande parte deles passa muitos anos no Japão. Isso faz com que acabem se distanciando um pouco da realidade brasileira. Quando eles retornam, a imagem que eles tinham do Brasil é um pouco diferente da que existe naquele momento. Então, eles precisam ser orientados para que antes de empreender se ambientem novamente neste contexto”, explica Múcio Yoshinori Marinho, do Sebrae/PR.
O empresário Márcio Hiramoto já morou no Japão. Esteve lá por mais tempo do que gostaria.
A primeira experiência durou cinco anos. Márcio Hiramoto voltou do Japão com R$ 70 mil e montou uma locadora de videogames. Não tinha experiência como empresário, nem conhecimento de mercado. O negócio faliu em três anos e ele precisou voltar ao Japão. Para trabalhar mais, juntar mais dinheiro e finalmente, sete anos depois, ter uma segunda chance.
Junto com a mulher Edna e o sogro Yuduru Yamakawa, Márcio montou uma fábrica de calçados em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Os três sócios investiram boa parte das economias conquistadas no Japão. E desta vez o negócio deu certo. “A experiência anterior acaba influenciando nas suas decisões futuras. Você acaba voltando com um pouquinho mais de consciência, com a cabeça um pouquinho mais no lugar”, diz Márcio.
O empresário seguiu as orientações do Sebrae. A fábrica é bem organizada. Para aumentar a produtividade, o estoque de solados fica ao lado do setor de acabamento. “Agora está tudo à mão. Ele pega o que precisa e já vai trabalhando”, conta Márcio.
O empresário aprendeu a reduzir custos. Se o fornecedor aumenta muito o preço é substituído. Os sócios não esquecem o que aprenderam no Japão. Priorizam um ambiente limpo. “A limpeza é tarde. Nós temos de cinco a 10 minutos para fazer a limpeza no local e nas máquinas”, explica o empresário Yuduru Yamakawa, sogro de Márcio.
Os empresários não cuidam só da gestão. Eles trabalham duro. “O próprio dono, se não souber pelo menos uma parte do serviço, não tem como cobrar”, confessa Márcio. A fábrica vende botinas para 50 lojas do Mato Grosso do Sul. A produção mensal é de 700 pares. E a meta é chegar a 1.200 pares por mês até o fim de 2010.