O cavalo está virando febre no Brasil. Saem das pistas os animais de vitrine e entram aqueles que deixam o suor na lida com o gado e em competições, atraindo a Classe média urbana
Texto Sebastião Nascimento
Contemplativas, as cavalgadas caem no gosto popular e se espalham por vários estados. Pelo caminho, silêncio e contato direto com a natureza. Algumas são históricas, como a Estrada Real, que sai de Diamantina, Minas Gerais, e chega ao Rio de Janeiro, refazendo o antigo trajeto dos tropeiros e seus burros. Outras, no Pantanal, revelam a beleza e a rusticidade de uma região selvagem, que conserva intactos 85% de seu ambiente. Religiosas, as romarias levam à santa o pedido atendido e a súplica a ser feita. Muitas delas têm por destino Aparecida do Norte, SP. Já o enduro mistura o espírito competitivo, pois há vencedores e vencidos, às paisagens mágicas e ao cuidado extremo com a montaria - se o coração do cavalo descompassar, a jornada chega ao fim.
Mas, no sertão nordestino é barulho, poeira, vaqueiros, cavalos e bois exaustos. Num final de semana de abril passado, sob o compasso do forró, 500 peões e cerca de 1.000 cavalos disputavam em Mossoró, no Rio Grande do Norte, um tipo de prova que virou febre no Nordeste e que desceu para outras regiões, como o Rio de Janeiro: a vaquejada. O sol é impiedoso - mais de 30 graus célcius - e pelo menos 20 mil pessoas assistem diariamente às duplas de cavaleiros derrubarem o boi pelo rabo em piques alucinantes e freadas bruscas. "Quase todas as cidades nordestinas têm suas pistas de vaquejada. É um esporte muito popular. Ganha do futebol e perde somente para as comemorações das padroeiras", afirma José Teixeira de Souza, fazendeiro que prepara animais para a competição por lá. Os prêmios totais aos vencedores variam de 100 mil a 200 mil reais.
Mas, no sertão nordestino é barulho, poeira, vaqueiros, cavalos e bois exaustos. Num final de semana de abril passado, sob o compasso do forró, 500 peões e cerca de 1.000 cavalos disputavam em Mossoró, no Rio Grande do Norte, um tipo de prova que virou febre no Nordeste e que desceu para outras regiões, como o Rio de Janeiro: a vaquejada. O sol é impiedoso - mais de 30 graus célcius - e pelo menos 20 mil pessoas assistem diariamente às duplas de cavaleiros derrubarem o boi pelo rabo em piques alucinantes e freadas bruscas. "Quase todas as cidades nordestinas têm suas pistas de vaquejada. É um esporte muito popular. Ganha do futebol e perde somente para as comemorações das padroeiras", afirma José Teixeira de Souza, fazendeiro que prepara animais para a competição por lá. Os prêmios totais aos vencedores variam de 100 mil a 200 mil reais.