sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Confecção aumenta produtividade sem excedente de custos


Um projeto reúne 80 pequenas empresas e ajuda a organizar o trabalho, capacitar funcionários e a criar modelos de gestão. O lucro das empresas já aumentou.

A Bahia tem 500 confecções. Cerca de 98% são micro e pequenas empresas, e 42% estão em Salvador. Para ajudar o setor, o Sebrae organizou um arranjo produtivo local.
“O objetivo do projeto é a melhoria da competitividade, da participação no mercado das micro e pequenas empresas, através de ações relacionadas em seção de tecnologia e inovação para melhoria de produtos e processos, ações de estratégia de acessar mercados e melhoria também na gestão”, diz Madalena Seixas, do Sebrae/BA.
Manoel Abreu e Fátima Menezes têm uma oficina de bordados há 14 anos.
O casal sentia dificuldade até para liderar a equipe. “O curso de liderança que eu fiz através do Sebrae veio me ajudar. Eu trabalho com pessoas, eu trabalho com colaboradores, eu trabalho com clientes”, explica a empresária Fátima.
Os nove funcionários fazem 150 mil bordados por mês. O Sebrae orientou os empresários a mexer na fábrica. Hoje, as máquinas estão posicionadas em uma linha de produção contínua.
Os operários andam menos e se dedicam mais ao trabalho.
A empresa investiu em equipamentos modernos. Estas máquinas têm 16 agulhas. Se a linha arrebenta, outra é puxada automaticamente. As máquinas são controladas por um programa de computador que avisa quando é preciso fazer a manutenção.
Manoel Abreu e Fátima Menezes estão satisfeitos com o projeto do Sebrae. A empresa cresce 10% ao ano. “Com esse trabalho, nossa empresa cresce 10% ao ano e conseguimos uma redução de custo de 15%”, diz Fátima. Ela faz parcerias com outras empresas para o desenvolvimento de produtos. É o caso de uma coleção de almofadas que une bordado e estamparia.
A empresa já atende 700 clientes, como Patrícia Ettinger, que produz jalecos para médicos. Fátima Menezes criou um sistema inovador que reduz os custos na fabricação.
“Ela desenvolveu uma técnica onde eu trago o material todo recortado. Então, quando ele volta, ele imediatamente entra na linha de produção. A gente não tem perda de tempo”, conta Patrícia.
SEBRAE