segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Bancos latino-americanos permanecem fortes apesar da recessão global‏




MIAMI, PRNewswire/ -- Será que o mundo é capaz de aprender lições do sistema bancário latino-americano?
Essa pergunta foi feita a Augusto de la Torre, economista-chefe do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe, logo após a sua apresentação na Conferência das Américas, em Miami na semana passada. "A América Latina, baseada em seu próprio desenvolvimento e nas lições aprendidas com própria experiência, pode e deve participar na discussão global sobre as lições que podem ser aplicadas ao setor financeiro global", disse de la Torre. "Esta força financeira oferece à América Latina boas oportunidades de investimento estrangeiro. A região se tornou mais atraente." O economista de la Torre não é o primeiro membro do Banco Mundial a ressaltar a força da América Latina, apesar da crise econômica global. Em uma recente reunião realizada na região, o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, afirmou que estava particularmente impressionado com a maneira com que as maiores economias da América Latina haviam lidado com o impacto da crise financeira global. "A crise encontrou vários países da América Latina bem posicionados, com orçamentos sólidos, maiores reservas e melhores ambientes de negócios", afirmou Zoellick. A agradável surpresa de Zoellick está baseada no fato de que a América Latina em geral estava muito melhor preparada para enfrentar esta crise econômica do que em anos anteriores, quando as crises tinham graves efeitos na região. "A crise financeira global não teve origem na América Latina, uma região que se mantém saudável, líquida e solvente", diz Ricardo Marino, presidente da Felaban (Federação Latino-Americana de Bancos), que celebra sua 43ª Assembléia Anual entre os dias 15 e 17 de novembro em Miami, na Flórida. O evento - considerado a maior e mais prestigiosa reunião de banqueiros do hemisfério - espera reunir cerca de 1.500 banqueiros de quase 50 países das Américas, Europa e Ásia.