quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Alugar ou comprar o ponto comercial?


A resposta mais adequada pode variar caso a caso e exige reflexão cuidadosa sobre vários aspectos

Por Kenzo Otsuka*
"O que vale mais a pena: comprar ou alugar um ponto comercial?
Essa pergunta sobre comprar ou alugar imóvel é interessante e geralmente costuma gerar certa polêmica. Vamos considerar, por hipótese, que você possui capital e quer verificar se é mais vantajoso comprar ou alugar um imóvel comercial para se instalar. A resposta mais adequada pode variar caso a caso e exige reflexão cuidadosa sobre vários aspectos, pois de fato há prós e contras em cada alternativa. Por exemplo: Usos alternativos para o dinheiro: Alugar pode não ser necessariamente uma má opção (ou “dinheiro jogado fora”, como popularmente se ouve).
O montante a ser investido numa eventual aquisição do imóvel poderia ser investido para outro fim. Por exemplo, em capital de giro (reduzindo necessidade de financiamento) ou mesmo em uma aplicação financeira, constituindo um fundo de reserva para contingências (nesse caso, os ganhos gerados pela aplicação poderiam inclusive ser utilizados para pagar o aluguel do imóvel). De outro lado, instalar-se em um imóvel próprio diminui os gastos operacionais, pois não seria necessário pagar aluguel. Potencial de valorização do imóvel: A aquisição do imóvel pode ser um bom negócio, se o imóvel apresentar potencial de valorização. Porém, trata-se de situação de difícil julgamento a priori; há sempre o risco de o potencial de valorização não se concretizar no futuro. Além disso, o investimento poderia tirar o foco do negócio original, pois, nesse caso, o empresário estaria investindo para ganhar com imóveis (negócio imobiliário).
Flexibilidade: A opção pelo aluguel permite maior flexibilidade para se mudar de imóvel, caso o local futuramente não se mostre comercialmente adequado. Essa flexibilidade pode ser significativamente menor caso o empresário opte pela aquisição do imóvel, se o mesmo apresentar baixa liquidez por algum motivo. A decisão depende, portanto, de uma análise cuidadosa da situação por parte do empresário e, é claro, influenciada pelo seu perfil, mais conservador ou mais arrojado quanto a assumir riscos. De qualquer forma, não existe uma resposta imediata e única aplicável a todas as situações.
* Kenzo Otsuka é consultor de finanças corporativas da Trevisan Consultoria