quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O mercado promissor do 3D


No Brasil, a tecnologia foi responsável por um crescimento de 55% na bilheteria nacional, que passou de R$108 milhões em julho de 2008 para R$143 milhões no mesmo período deste ano
Rafael Farias Teixeira*

O site da Entrepreneur publicou este ano uma nota com 10 setores que, apesar de todo o pessimismo da recente crise econômica, estão crescendo de forma impressionante. Entre os citados, o setor de serviços, lojas de descontos, redes de fast food e netbooks são alguns deles. O mais interessante nessa lista é o mercado 3D. Isso mesmo! Os filmes, salas e equipamentos para produzir material 3D estão movimentando a economia – com números que saltam no rosto do espectador. Segundo matéria da Folha de S. Paulo publicada em setembro deste ano, há em torno de 3 mil cinemas americanos com equipamento para projeção 3D. No Brasil, o número ainda é módico, apenas 75 salas até a data de publicação da reportagem. No país, o cinema 3D foi responsável por um crescimento de 55% na bilheteria nacional — que passou de R$108 milhões para R$143 milhões de julho de 2008 para julho de 2009. Se os lucros são altos, o gasto para se ter uma sala de cinema 3D também é. A instalação de uma sala normal custa em média R$200 mil, enquanto a 3D, R$500 mil. E engana-se quem pensa que a técnica ficará restrita apenas às salas de projeção. Atualmente já se pensa em usar o 3D em jogos de vídeo-game e transmissões televisivas. O produtor Jerry Bruckheimer, em entrevista para a revista Galileu de setembro, acredita no incrível potencial do 3D. “Sim, o futuro do negócio do cinema passa pelo 3D”, afirma. E se levarmos em consideração as empresas que trabalham na manufatura e na criação dos equipamentos para uma projeção desse tipo — a câmera, o filme e o projetor são todos diferentes dos aparelhos usados em uma sessão 2D — podemos colocar mais algumas grandes cifras nessa conta.

Não precisa nem dos óculos de lentes coloridas para enxergar que os números só tendem a crescer.