Venda direta uma boa alternativa, principalmente em tempos de crise. Cláudia Sartori, de Londrina (PR), é a prova viva de um dado muito interessante de 2008: o setor de vendas diretas foi o único que teve crescimento no comércio. Pra ela, não foi novidade. “A partir de setembro, quando todo mundo começou a lastimar as vendas, para mim só cresceu, porque eu comecei a inovar nas vendas diretas”, conta a empreendedora. A história é a seguinte: Cláudia, quando menina, acompanhava o pai que vendia produtos de casa em casa na roça. Tomou gosto! Foi vendedora de tecidos e joas e, mais tarde, cursando a faculdade e trabalhando em banco, viu a oportunidade de se estabelecer fazendo vendas diretas. “Meu marido era representante de sapato, então eu já vendia o mostruário dele. Estava dando certo. Saí do banco pra fazer esse trabalho”, conta a empreendedora. No começo, a empresária enchia seu carro com sapatos e percorria firmas, escolas, salões de beleza. Como o negócio cresceu, ela teve uma ideia inovadora. “Já estava num patamar que não crescia mais. Então, visualizei que se eu tivesse um espaço maior, isso iria crescer. Comprei a van, e realmente isso dobrou ou triplicou as vendas.” Cláudia transformou a van numa loja de sapatos móvel. Ela mesma fez o projeto. Colocou prateleiras, mostruários, poltronas e ar condicionado. O carro carrega um estoque misto, cerca de 120 pares de diferentes modelos. “Não tem como deixar de atender as clientes”, diz. Hoje, Cláudia tem uma loja, a Bella Poly, numa área comercial nobre de Londrina. Além disso, mantém um cadastro com mais de três mil nomes de compradoras.