Toritama, interior de Pernambuco, uma cidade que sofre com a seca. O empresário Edílson Tavares, 38 anos, dono da lavanderia Mamute, conta que no inverno, época de chuvas na região, a água só chega à torneira de sua casa uma vez por semana. “Sempre tenho que tomar banho de caneca”, conta. No verão a situação é bem pior. “Já ficamos um ano, um mês e treze dias sem água na torneira de casa”, diz ele, garantindo que contou cada minuto dessa longa estiagem.
Pode parecer impossível abrir uma lavanderia – um negócio que depende de muita água para sobreviver – no sertão nordestino, mas Tavares não pensou duas vezes antes de montar ali a sua lavanderia industrial.
Tavares já tinha uma empresa de confecção de jeans em Toritama desde 1982 e no final da década de 80 a indústria começou a exigir peças pré-lavadas, com cores diferentes. Sendo assim, ele precisaria de uma lavanderia industrial para pré-lavar o jeans. “Contratei um geólogo e tentei cavar um poço para ver se dava água. Dinheiro e trabalho jogados fora. Só encontrávamos pedra embaixo da terra”, relembra Tavares. “Anos depois descobri que Toritoma, na língua dos índios, significa região de pedras. É claro que não teria água por ali.” O empresário comprava a água que necessitava para trabalhar e foi tocando o negócio.
A empresa reutiliza 150 mil litros de água por dia (Foto: Divulgação)Com um consumo diário de 300 mil litros de água, era preciso pensar em uma alternativa para reduzir os custos e degradar menos o meio ambiente. Por isso, no final da década de 90, Tavares teve a ideia de criar uma estação de tratamento de água, que permitisse reaproveitar a água, ou seja, usar mais de uma vez o líquido utilizado nas lavagens do jeans . “O problema é que fazer uma estação de água custava R$ 400 mil e eu não tinha esse dinheiro”, relembra o empresário. Tavares recorreu ao Sindicato da Indústria do Vestuário local que, por sua vez, o apresentou ao Instituto BFZ, da Alemanha. “Esse instituto estava elaborando projetos ambientais em países em desenvolvimento e abraçaram a minha causa. Não gastei um centavo com a consultoria que eles me deram”, diz Tavares.
Pode parecer impossível abrir uma lavanderia – um negócio que depende de muita água para sobreviver – no sertão nordestino, mas Tavares não pensou duas vezes antes de montar ali a sua lavanderia industrial.
Tavares já tinha uma empresa de confecção de jeans em Toritama desde 1982 e no final da década de 80 a indústria começou a exigir peças pré-lavadas, com cores diferentes. Sendo assim, ele precisaria de uma lavanderia industrial para pré-lavar o jeans. “Contratei um geólogo e tentei cavar um poço para ver se dava água. Dinheiro e trabalho jogados fora. Só encontrávamos pedra embaixo da terra”, relembra Tavares. “Anos depois descobri que Toritoma, na língua dos índios, significa região de pedras. É claro que não teria água por ali.” O empresário comprava a água que necessitava para trabalhar e foi tocando o negócio.
A empresa reutiliza 150 mil litros de água por dia (Foto: Divulgação)Com um consumo diário de 300 mil litros de água, era preciso pensar em uma alternativa para reduzir os custos e degradar menos o meio ambiente. Por isso, no final da década de 90, Tavares teve a ideia de criar uma estação de tratamento de água, que permitisse reaproveitar a água, ou seja, usar mais de uma vez o líquido utilizado nas lavagens do jeans . “O problema é que fazer uma estação de água custava R$ 400 mil e eu não tinha esse dinheiro”, relembra o empresário. Tavares recorreu ao Sindicato da Indústria do Vestuário local que, por sua vez, o apresentou ao Instituto BFZ, da Alemanha. “Esse instituto estava elaborando projetos ambientais em países em desenvolvimento e abraçaram a minha causa. Não gastei um centavo com a consultoria que eles me deram”, diz Tavares.