quinta-feira, 2 de julho de 2009

Computadores antigos custam mais às empresas


Pequenas e médias empresas (PMEs) ao redor do mundo investem, anualmente, US$ 470 bilhões em tecnologia. Dessa quantia, cerca de US$ 72 bilhões são gastos com a compra de novos computadores. Entretanto, segundo estudo realizado pela consultoria Techaisle, 69% das PMEs pretendem adiar a troca de máquinas em 2009. A pesquisa foi feita com empresários dos Estados Unidos, Brasil, Itália, Índia, Inglaterra, China e Austrália.
O levantamento também demonstrou que mais da metade dos PCs instalados nas pequenas empresas está envelhecendo. Álvaro Leal, analista de mercado da IT Data, afirma que o ideal é que a troca de computadores ocorra a cada três anos, se a empresa quiser evitar perdas em performance e segurança. Porém, desde o início da crise econômica, a maioria das companhias não tem seguido a orientação dos especialistas.
Maurício Ruiz, diretor do segmento corporativo da Intel, diz que cortar gastos com tecnologia não é uma boa maneira de fugir dos impactos da crise porque a medida gera uma diminuição na eficiência das equipes. Ele afirma que o adiamento na troca das máquinas resulta na perda de produtividade, devido ao tempo que o funcionário fica parado quando o computador necessita de conserto.
Em uma empresa, por exemplo, com cinco PCs, se um deixa de funcionar já gera prejuízo. "Em grandes corporações talvez não tenha tanto impacto um funcionário ficar ocioso, mas nas pequenas o dano é grande", afirma Ruiz. Além disso, o executivo diz que quanto mais antigo for o PC, maiores os riscos. "Os problemas vão desde perda de informações importantes até a contaminação por vírus. A ocorrência de vírus é 58% mais elevada em notebooks com mais de três anos e 28% em desktops. Ao mudar o equipamento, o desempenho, em relação a um desktop com três anos de uso, cresce 200%".