Somente no ano passado a publicitária Marjory Imai, 40 anos, fez chover 58 vezes na Grande São Paulo. Junto com o irmão, Ricardo, ela é sócia da Modclima, empresa que, munida de um avião bimotor, radar e informações de satélites, promove chuvas artificiais. Com sete funcionários—de pilotos a especialistas do ITA—, o negócio, sediado em Bragança Paulista, faturou R$ 2,3 milhões no ano passado.
“No meu primeiro voo em nosso bimotor até chorei. de emoção. Vi da janela: a nuvem onde havíamos despejado água havia crescido e começava o temporal. Prova de que estava correta a teoria do meu pai, Takeu, engenheiro por formação e inventor por vocação. Para ele, sim, era possível provocar precipitações sem recorrer a aditivos químicos como outras empresas costumam fazer. com apoio da Sabesp, nosso principal cliente, desenvolvemos e patenteamos a tecnologia. depois de seis anos de pesquisas, fundamos, em 2007, a Modclima. de lá para cá, já demos uma mãozinha a São Pedro em plantações na Bahia e em Goiás. Agora queremos prevenir incêndios em parques nacionais — neste ano fizemos uma demonstração na chapada diamantina. do mesmo jeito que o homempode prejudicar o ambiente é possível dar um empurrãzinho na natureza para ajudar na recuperação dos estragos.”