sábado, 2 de maio de 2009

O descobrimento do pau-brasil


Em 3 de maio comemora-se o dia da árvore que dá nome ao país. Apesar do desmatamento secular, projetos recentes persistem na luta pela sobrevivência da espécie.

Nas terras do país que ostenta uma vasta pauta de exportações de matérias-primas, um produto bem menos abundante, mas igualmente apreciado, reclama socorro. E já há alguns séculos.

O pau-brasil foi, a rigor, o primeiro item vendido ao exterior pelo Brasil - e não foi apenas o nome que se subtraiu da árvore.
Espécie típica da Mata Atlântica, com ocorrência do Rio Grande do Norte a São Paulo, sua extração foi favorecida pela localização das florestas junto ao litoral. Rapidamente, ainda nos anos de 1500, os colonizadores portugueses descobriram a vocação do pau-brasil (ou ibirapitanga, em tupi-guarani) para o tingimento de tecidos, pela presença de um corante avermelhado chamado 'brasilina'. O comércio manteve-se lucrativo até meados do século XIX, quando foi progressivamente substituído por corantes sintéticos.
Mas, pouco antes, por volta de 1750, um novo destino foi dado à madeira: a confecção de arcos de violino. A atividade atravessou gerações e chegou aos dias atuais: os músicos a consideram matéria-prima única para esse instrumento musical, conferindo-lhe altíssima flexibilidade.