Conta-se de um próspero fazendeiro, dono de muitas propriedades e que estava gravemente enfermo. Algo que lhe preocupava muito era o clima de desarmonia que reinava entre seus quatros filhos. Pensando em dar-lhes uma lição, ele chamou os quatros filhos para fazer-lhes um revelação importante.
Ao chegarem à casa do pai, viram-lhe assentado numa cadeira de balanço. O pai chamou-os para mais perto e comunicou-lhes a senguinte decisão:
"- Como vocês sabem, eu estou velho, cansado e creio que não me resta muito tempo de vida. Por isso, chamei-os aqui para avisá-los que vou deixar todos os meus bens para um de vocês."
Os filhos, surpresos, se entreolharam e ouviram o restante que o pai tinha, ainda, para lhes dizer:
"- Vocês estão vendo aquele feixe de gravetos ali, encostados naquela porta? Aquele que conseguir partir o feixe ao meio, apenas com as mãos, este será o meu herdeiro."
Cada um deles teve a sua chance de tentar quebar o feixe, mas nenhum, por mais esforço que fizesse, foi bem sucedido na sua tentativa. Indiganados com o pai, que lhes propusera um tarefa impossível, começaram a reclamar. Foi quando o fazendeiro pediu o feixe e disse que ele mesmo iria quebrá-lo. Incrédulos, os filhos deram o feixe de gravetos para o pai, que foi retirando, um a um, os gravetos, quebrando-os, separadamente, até não mais restar um único graveto inteiro. E depois concluiu:
"_ Eu não tenho o menor interesse em deixar os meus bens para só um de vocês. Eu quero, na verdade, que vocês, juntos, sejam os sucessores do meu trabalho, com garra, dedicação e, acima de tudo, repletos de amor, uns pelos outros."
Disse, ainda:
"_ Enquanto vocês estiverem unidos, nada poderá pôr em risco tudo que construí para vocês. Nada, nem ninguém, os quebrará. Mas, separadamente, vocês serão tão frágeis quanto cada um desses gravetos."